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domingo, 24 de novembro de 2024
Paralimpíadas de Tóquio

Com direito a recorde, Alex Pires conquista a medalha de prata na maratona

Com uma atuação consistente ao longo de todo o percurso, em que sempre ficou no pelotão dos líderes, o brasileiro Alex Pires, atleta do Time Ajinomoto, conquistou neste sábado (4), manhã de domingo (5) no Japão, a medalha de prata na maratona, pela classe T46 (deficiência nos membros superiores) dos Jogos de Tóquio. Além da medalha, o […]

Postado em 5 de setembro de 2021 por Victor Pimenta
Com direito a recorde
Atleta do Time Ajinomoto coloca o Brasil de volta ao pódio na prova mais desgastante do atletismo com uma atuação consistente e quebrando o recorde das Américas | foto: Divulgação/Ajinomoto

Com uma atuação consistente ao longo de todo o percurso, em que sempre ficou no pelotão dos líderes, o brasileiro Alex Pires, atleta do Time Ajinomoto, conquistou neste sábado (4), manhã de domingo (5) no Japão, a medalha de prata na maratona, pela classe T46 (deficiência nos membros superiores) dos Jogos de Tóquio. Além da medalha, o brasileiro ainda alcançou o recorde das Américas na prova mais desgastante do atletismo, ao marcar o tempo de 2h27min.

O resultado de Alex Pires foi também a quarta medalha do Brasil na maratona na história dos Jogos. A última vez ocorreu nos Jogos de Londres, em 2012, com o ouro de Tito Sena.

Ao contrário da expectativa inicial, a chuva marcou toda a maratona em Tóquio, o que aliviou um pouco a vida dos competidores, que temiam pelos efeitos do calor do verão japonês. Mesmo assim, o pelotão dos líderes, no qual Alex Pires ficou todo o tempo, não forçou demais o ritmo, apostando em uma estratégia conservadora, como o atleta do Time Ajinomoto já havia previsto dias atrás.

“Eu procurei fazer uma corrida inteligente e tentar ficar o mais próximo possível do grupo da frente. Claro que para isso dependeria do ritmo que os demais competidores estivessem fazendo, porque não adiantava estar junto do grupo correndo forte e todo mundo quebrar. Acabei fazendo a minha corrida e comecei a crescer o ritmo no meio da prova. No quilômetro 30 encostei no segundo e terceiro colocados, consegui passá-los e tentei buscar o líder. Deu certo a estratégia e fui feliz”, afirmou o atleta gaúcho de 31 anos, natural de Sapiranga.

Alex Pires reconhece que ainda está caindo a ficha pelo feito alcançado em Tóquio. “Claro que na hora que você passa da linha de chegada, um turbilhão de coisas vem à sua cabeça. Tudo o que a gente passa ao longo de tantos anos de carreira, além de tantas pessoas que nos ajudam nesta caminhada, para que eu possa estar aqui representando o meu país. Fico muito feliz de estar aqui e honrá-los com esta medalha”, disse o brasileiro, que, na linha de chegada no Estádio Olímpico, imitou a famosa comemoração do “aviãozinho”, consagrada por Vanderlei Cordeiro de Lima nos Jogos de Atenas, em 2004, que ficou com a medalha de bronze na época.

“Eu imaginei repetir o gesto apenas naquela hora, quando lembrei da chegada do Vanderlei na maratona de Atenas. Tinha pensado em outras coisas, mas na hora não lembrei e resolvi homenageá-lo desta forma”, explicou Alex Pires.

Alex Pires descobriu que possuía um encurtamento no braço esquerdo com oito anos de idade. Procurou tratamento, mas devido à complexidade em perder o movimento do membro, optou por não fazer a cirurgia. Começou a praticar o atletismo paralímpico em 2007, primeiro se dedicando às provas de meio-fundo de pista (800 e 1.500 m), passando a se dedicar à maratona a partir de 2016. Neste ciclo, conquistou a medalha de ouro no Mundial de Londres, em 2017.

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