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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Manifestações

Atos em Goiânia e caravanas para Brasília marcam 7 de setembro

Aproximadamente 20 ônibus devem sair hoje (07) em direção à capital federal

Postado em 7 de setembro de 2021 por Daniell Alves
Atos em Goiânia e caravanas para Brasília marcam 7 de setembro
Aproximadamente 20 ônibus devem sair hoje (07) em direção à capital federal. | Foto: Reprodução

No feriado de 7 de setembro, atos a favor e contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, são realizados em todo o País. Em Goiânia, manifestantes se reúnem às 9 horas, na Praça do Bandeirante com a campanha Fora Bolsonaro e acontece o “Grito dos Excluídos” no Centro da cidade. Além disso, cerca de 20 ônibus devem sair hoje (7) em direção a Brasília a favor do atual governo. Outros 30 veículos saíram de Goiânia ontem, meia noite, rumo à capital federal, segundo a Frente Conservadora.

“Dia 7 de setembro vamos ocupar as ruas para derrubar Bolsonaro, Mourão e sua quadrilha. A Campanha Fora Bolsonaro Goiás e Fórum Goiano pela Democracia convoca a todas e todos”, escreveu o movimento Fora Bolsonaro Goiás em uma rede social.

De acordo com o Movimento, as organizações com atuação nacional que impulsionam a Campanha Fora Bolsonaro se reúnem para “discutir a continuidade das mobilizações para dar fim ao ‘governo criminoso e desastroso de Jair Bolsonaro’”.

“Nossas bandeiras de unidade e luta em defesa da vacinação para todas as pessoas, contra a fome, por empregos e pelo auxílio emergencial de R$ 600 permanecem atuais. A elas agregamos a defesa dos serviços públicos e a luta contra os cortes na Educação, o teto de gastos, a reforma administrativa e as privatizações. A luta contra o racismo, a violência e a defesa dos direitos dos povos indígenas também tiveram destaque entre os manifestantes, e devem crescer nas nossas próximas mobilizações”, diz o movimento.

A favor

Caravanas estão sendo organizadas para levar manifestantes para Brasília. Cerca de 20 ônibus devem sair do Estádio Serra Dourada hoje. Para o coordenador da Frente Conservadora de Goiânia (FCG), João Paulo, a expectativa é grande para o ato. Outros 30 ônibus saíram ontem a noite.

“Queremos levar 10 ônibus e 400 pessoas. A pauta do dia 7 é a luta pela nossa liberdade. A Data é bem sugestiva. A prisão e censura de brasileiros, jornalistas, deputados que tecem críticas à Suprema Corte viola nossa liberdade de expressão. O grito do dia 7 de setembro é pela nossa liberdade”, explica João.

“A mobilização para fazer volume é uma forma de medir força pelo presidente Jair Bolsonaro”, avalia o cientista político Guilherme Carvalho. “Apesar de essas pesquisas mostrarem isso, o que vemos nas ruas é algo diferente, ou seja, é a construção de uma narrativa através do volume de pessoas na rua, mostrando que o presidente ainda está no jogo eleitoral”, explica ele.

MP retira militares

O Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio das 84ª e 79ª Promotorias de Justiça de Goiânia, recomendou à Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) e ao Comando-Geral da Polícia Militar de Goiás (PMGO) que proíbam a participação de policiais militares da ativa, que não estejam em serviço, em manifestações políticas no dia 7 de setembro.

No documento, assinado pela promotora de Justiça Adrianni Santos Almeida, é recomendado ainda que haja a decretação de prontidão de todo o efetivo operacional da PMGO.  Em caso de descumprimento, a promotora recomenda que seja instaurado procedimento apuratório, nos termos da lei, e que seja suspensa a concessão de qualquer tipo de dispensa no período de 6 a 8 de setembro.

Também sugere que o efetivo seja colocado em condições de pronto emprego para o policiamento e segurança das manifestações públicas em Goiânia, principalmente na região do Autódromo, no dia 7 de setembro, e para a manutenção da paz e da ordem nas demais áreas do Estado.

A recomendação não foi vista com bons olhos pelo presidente da Associação dos Oficiais de Polícia e Bombeiros Militares (ASSOF), tenente-coronel Allan Cardoso. “Parece que estão querendo nos tolir da livre liberdade de maneira pacífica de nos expressar. Isso é uma clara demonstração de um ato anti-democrático. A Associação se assusta com esse tipo de posicionamento. A sociedade tem que entender que o militar estadual é um cidadão”, destaca. (Especial para O Hoje)

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