A reabertura gradativa das fronteiras internacionais e o avanço nas campanhas de vacinação pelo Brasil gerou o aumento na movimentação das agências de viagens, tanto para remarcações quanto para cotações e reservas com embarque ainda este ano, com a maior concentração no terceiro semestre deste ano. O crescimento vem sendo verificado desde março indicando aumento de 28% na procura por viagens com embarque entre os meses de setembro e dezembro.

A reabertura se deve, sobretudo, ao avanço da vacinação no país, que registra mais de 62 milhões de brasileiros com o ciclo completo de imunização. Nas buscas, se sobressaem os destinos com menos restrições ou que se mantiveram abertos para brasileiros, como por exemplo Dubai, México e Ilhas Maldivas. Entretanto, as agências de viagem projetam boa demanda também para países europeus recém-abertos, caso de Suíça e França, e existe expectativa pela liberação das viagens aos Estados Unidos e Canadá.

Viajar durante a pandemia requer cuidados especiais e as medidas restritivas ao ingresso de estrangeiros adotadas no contexto atual são prerrogativas soberanas de cada governo, mudando constantemente conforme as atualizações sobre as condições sanitárias. Portanto, é imprescindível que as agências e pessoas interessadas em sair do país se mantenham atualizadas, buscando informações junto a fontes oficiais do governo de cada destino ou no site do ministério das relações exteriores.

Segundo a especialista de viagens, Ylka Liberato, antes de embarcar o turista deve procurar notícias sobre o destino para ter informações sobre a fase pela qual o local está passando e nível de controle da doença. “Especialmente nas viagens internacionais, se informe sobre o sistema de saúde e se existe a necessidade de vacinas específicas ou as principais doenças que ocorrem no país. No aeroporto, muito cuidado. Você encontrará um fluxo muito grande de pessoas, de vários lugares e nacionalidades. Então, se atente com as superfícies em que toca, lavando sempre as mãos ou utilizando o álcool 70% para higienização. Há disponível em diversas áreas”, pontua a especialista.

Além disso, Ylka reforça a importância do uso de seguro-viagem mesmo que o destino final não exija, principalmente em tempos de pandemia. “Ele será a garantia de cuidados com a saúde e suporte para imprevistos, como extravios de bagagem, cancelamento de voo, entre outros.  No caso de viagem internacional na pandemia, há países que exigem a contratação de seguro-viagem com cobertura para Covid-19 como requisito de entrada. São exemplos a Tailândia e a Costa Rica, ambos abertos para turistas brasileiros”, explica.

É importante também que o turista verifique a situação de entrada do país escolhido. Alguns locais ainda exigem teste de Covid-19 negativo, realizado 72 horas antes do voo, como é o caso de Portugal. Essa é uma exigência até mesmo para quem permanecer na sala de embarque para uma conexão.

“Por outro lado, encontramos países com restrições de entrada de estrangeiros em todos os continentes. Quando pensamos em viajar para os Estados Unidos, apesar de haver voos Brasil-EUA, a entrada de pessoas que tenham passado os últimos 14 dias no Brasil continua proibida, exceto cidadãos americanos, residentes e seus familiares. Verifique periodicamente as informações atualizadas nos sites oficiais do país de destino”, orienta.