Líder nas pesquisas, Lula critica agronegócio, aliança MDB-DEM e armas
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu entrevista à rádio goiana Sagres na manhã desta sexta-feira (17/09). O petista é atual pré-candidato à presidência da República, visando um terceiro mandato. Em relação à movimentação política em Goiás, da aliança do MDB ao DEM, do governador Ronaldo Caiado, Lula lamentou a aproximação. “O fato […]
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu entrevista à rádio goiana Sagres na manhã desta sexta-feira (17/09). O petista é atual pré-candidato à presidência da República, visando um terceiro mandato.
Em relação à movimentação política em Goiás, da aliança do MDB ao DEM, do governador Ronaldo Caiado, Lula lamentou a aproximação. “O fato do PMDB (MDB) em Goiás ter se alinhado ao Caiado, me deixa com uma certa tristeza, porque não é uma evolução do PMDB (MDB), há uma involução. Na medida que se junta a uma pessoa anti-democrática como o Caiado”, disse.
Já sobre o agronegócio, segmento que quase, totalmente, apoia Bolsonaro, o ex-presidente alegou que o setor “ganhou muito dinheiro” nos seus governos. “O pessoal do agronegócio, que muitas vezes, reclamam de barriga cheia, porque eles ganham bastante dinheiro”, afirmou.
“Eles estão muito bem. E ganharam muito dinheiro no meu governo. Pergunte para alguém do agronegócio, o que foi que nós fizemos para eles? Pergunte se faltou dinheiro? Pergunta se faltou política internacional para ele exportarem? Nunca faltou nada!”, frisou.
Lula emendou que “o problema deles (agronegócio), é que eles queriam comprar armas para enfrentar o Sem Terra. E nós queríamos fazer a Reforma Agrária nas terras improdutivas deste país”.
Principal bandeira do bolsonarismo, o armamento da população, o petista disse que em um provável próximo governo haverá outras prioridades. “No meu governo, vai ter menos armas e mais livros. Vai ter menos violência e mais educação. Vai ter menos bravata e mais paz”, discursou.
7 de setembro
Para Lula, os protestos de 7 de setembro, favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), “foram convocadas com um mês de antecedência e com muito dinheiro”. De acordo com ele, pessoas foram vistas “distribuindo dinheiro dentro do ônibus, R$ 100,00 para cada pessoa que ia participar”, salientou.
“Você deve ter acompanhado a campanha que muitas empresas fizeram, empresas com caminhões, do agronegócio, fizeram uma campanha imensa”, acrescentou.
Pesquisa eleitoral
Nesta sexta-feira (17/09), em uma nova pesquisa eleitoral DataFolha, Lula aparece na liderança, à frente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em dois principais cenários, o petista tem 44% (46% na pesquisa anterior) contra 26% (25% na pesquisa anterior) Bolsonaro (sem partido); Ciro Gomes (PDT): 9% (8% na pesquisa anterior); João Doria (PSDB): 4% (5% na pesquisa anterior); Luiz Henrique Mandetta (DEM): 3% (4% na pesquisa anterior); branco/nulo/nenhum: 11% (10% na pesquisa anterior) e não sabe: 2% (2% na pesquisa anterior).
Em outro cenário, Lula registra 42% (46% na pesquisa anterior); Bolsonaro (sem partido): 25% (25% na pesquisa anterior); Ciro Gomes (PDT): 12% (9% na pesquisa anterior); Eduardo Leite (PSDB): 4% (3% na pesquisa anterior); Luiz Henrique Mandetta (DEM): 2% (5% na pesquisa anterior); branco/nulo/nenhum: 11% (10% na pesquisa anterior) e não sabe: 2% (2% na pesquisa anterior).