Justiça manda soltar ginecologista de Anápolis. Veja como ele agia
O juiz Adriano Roberto Linhares Camargo mandou soltar o ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Estanislau de Morais, de 41 anos. Ele foi liberado na noite dessa segunda-feira (04/10), após 6 dias em uma prisão de Anápolis, cidade a 55 km de Goiânia, e onde ele atuava. A prisão dele foi revogada, porque o magistrado […]
O juiz Adriano Roberto Linhares Camargo mandou soltar o ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Estanislau de Morais, de 41 anos. Ele foi liberado na noite dessa segunda-feira (04/10), após 6 dias em uma prisão de Anápolis, cidade a 55 km de Goiânia, e onde ele atuava.
A prisão dele foi revogada, porque o magistrado considerou que ele possui residência fixa e é réu primário, apesar de ter sido condenado em Brasília pelo mesmo crime, porém, o processo ainda não foi transitado em julgado.
Nicodemos foi preso na última quarta-feira (29/09), em Anápolis, e, agora, responderá ao processo em liberdade. Ele é acusado pelos crimes de importunação sexual, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.
No entanto, a Justiça determinou não pode entrar em contato com as vítimas, não pode ir ao consultório onde atendia e está proibido de exercer a profissão de médico.
Investigação
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) começou a investigar o médico depois que uma mulher registrou uma ocorrência na Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (Deam) da cidade. A ocorrência foi feita em dia 15 de setembro. Ela narrou que o médico aproveitava as consultas e os exames ginecológicos para cometer atos libidinosos.
Ao todo, a delegada informou que já ouviu aproximadamente 50 mulheres com relatos de supostas violações praticadas pelo ginecologista e obstetra. Por nota, a defesa de Nicodemus nega todas as acusações.
O que as vítimas relatam?
Segundo alguns relatos das mulheres, os abusos ocorriam durante as consultas e exames com o ginecologista. A delegada disse que algumas pacientes contaram que ele tentou agarrar, beijar e que já fez com que elas o tocassem nas partes íntimas. Uma delas chegou a receber mensagens com insinuações sexuais, depois de fazer perguntas sobre um método contraceptivo.
Íntegra da nota do Cremego
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) tomou conhecimento de denúncias contra o médico ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Estanislau Morais (CRM/GO 12.053) após divulgações feitas hoje, 29 de setembro, pela Polícia Civil. O Cremego vai apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional.