Integrantes de torcida organizada de clube goiano são acusados de tentativa de homicídio
Juiz da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia acatou a denúncia remetida pelo Ministério Público de Goiás
O Ministério Público de Goiás (MPGO) encaminhou, na última sexta-feira (08/10), uma denúncia contra 15 pessoas, integrantes de torcida organizada, acusadas de tentativa de homicídio contra dois adolescentes, e de roubo à mão armada contra uma mulher. Os crimes ocorreram no dia 11 de abril dste ano, no setor Jardim Novo Mundo, em Goiânia.
Consta nos registros do processo que, no dia da ocorrência, integrantes de torcida organizada do Vila Nova Futebol Clube acompanhavam a partida de futebol entre o time em questão e o Goiás Esporte Clube, pelo campeonato goiano, quando saíram em três carros com o objetivo de agredir torcedores do Goiás que encontrassem pelas ruas da capital, e tomar as camisetas do time adversário como um troféu.
Assim, quando dois menores foram avistados na calçada, próximos um ao outro, um dos condutores parou o carro em frente a eles. No momento em que os demais ocupantes desciam para roubar a camiseta de um deles, outro integrante avançou com o carro sobre a calçada, atropelando às vítimas. Com o impacto, uma das vítimas foi arremessada a frente do carro, e o outro caiu na calçada.
Em seguida, os denunciados desceram do carro, indo em direção às vítimas, pegando em suas roupas para depois fugirem do local. Além da tentativa, ainda, no mesmo dia, os integrantes abordaram uma pessoa e, com violência, roubaram os pertences da vítima.
Entre os denunciados estão: Vanderlei Alves dos Santos Júnior, vulgo JR Alves; Cristiano Martins de Souza, vulgo Gigante; Cleuto dos Anjos Araújo; Pablo Henrique Teles; Murilo Henrique Alves Vieira da Silva, vulgo Bambu; Teones Gabriel Nunes da Silva; Bruno Santos Souza; João Paulo Cordeiro Dionizio; Thaylná Alves Porto de Olvieira, vulgo Tatty Porto; Paulo Henrique de Oliveira Fernandes; Lucas Eduardo da Silva Pinto; Gabrielly Nunes Fernandes; Matheus Barbosa Garcia; Pedro Vietor Aparecida Almeida Germano e Kamilla da Silva Campos.
O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, acatou o parecer do Ministério Público de Goiás (MPGO), entendendo que a denúncia remetida pelo MP está baseada em dados materiais, narrando acontecimentos que se adequam às características da figura representada no inquérito policial. Para o juiz, a acusação possui os elementos essenciais que tornam possível a deflagração da ação penal contra os denunciados.