A Agência de Fomento do Estado de Goiás (GoiásFomento) está na liderança do ranking nacional de agências de fomento e bancos de desenvolvimento em número de operações de crédito garantidas pelo Fundo de Aval das Micro e Pequenas Empresas (Fampe) do Sebrae. Entre abril de 2020 e agosto deste ano, foram R$ 69,1 milhões liberados a micro e pequenos empreendedores, segundo o órgão, contabilizando 1.983 operações realizadas com o aval do Fampe no período. A GoiásFomento foi ainda a terceira entre todas as instituições financeiras do país que mais contrataram operações de crédito com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

“O Sebrae tem sido um grande parceiro para que possamos fazer o dinheiro chegar aos pequenos e microempresários, aqueles que não tinham garantia”, afirmou o governador Ronaldo Caiado. “Com isso, nós conseguimos repassar volumes substantivos para que as pessoas afetadas pela pandemia de Covid-19 possam retomar suas atividades ou quitar compromissos”, completou. 

No ranking de desempenho das operações de crédito nos primeiros oito meses de 2021, a agência ficou atrás somente da Caixa Econômica Federal e do Sicoob, mas à frente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e do Banco Original. Segundo a entidade, o lugar de destaque na classificação é o resultado de uma ação de abril de 2020, quando a Agência de Fomento firmou convênio com o Sebrae para oferecer o aval aos clientes que tinham dificuldade em obter crédito por falta de garantias e, assim, eles puderam viabilizar suas operações.

Crédito

Para o presidente da GoiásFomento, Rivael Aguiar, o Fampe é atualmente a principal garantia de crédito da instituição financeira. De acordo com ele, a agência vem adotando ações para facilitar o acesso ao crédito por parte dos micro e pequenos empreendedores, principalmente em um momento de início da retomada da economia, que foi prejudicada duramente pelo período de pandemia. 

O presidente ressalta que essa ação atendeu à determinação do governador Ronaldo Caiado, com o objetivo de facilitar o acesso ao crédito e, dessa forma, promover a geração de emprego e renda, visando apoiar as empresas que estavam em dificuldade financeira – especialmente durante esta temporada de crise de saúde pública.

De acordo com ele, o resultado consolida a Agência de Fomento de Goiás como um dos principais agentes de crédito no Estado e também no cenário nacional, como importante integrante do sistema nacional de fomento. A instituição financeira é associada à Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), com cadeira na diretoria da entidade. Para Rivael, as ações desenvolvidas pela GoiásFomento de facilitação do acesso ao crédito e promoção do desenvolvimento econômico e regional em todas as regiões goianas, contribuíram para que Goiás ficasse entre os dez Estados mais competitivos do País.

Segundo o analista do Sebrae Goiás, Giovane Ferreira de Carvalho, o fato de a GoiásFomento ser a terceira instituição que mais operou com o Fampe no Brasil é uma demonstração de que a parceria entre o Governo do Estado e o Sebrae “está dando muito certo”. Ele explica que o Fampe é um fundo de aval complementar, que facilita o acesso ao crédito nos bancos por parte dos pequenos empreendedores. Em todo o Brasil, o Fundo é operado pela Caixa Econômica Federal e Sicoob, sendo que Goiás tem a vantagem de contar também com a GoiásFomento. 

Beneficiados

A microempreendedora individual (MEI) Maria Neves Ferreira da Silva é proprietária da loja Estrela de Jorge, em São Jorge, distrito de Alto Paraíso, no Nordeste Goiano, desde 2016. O estabelecimento vende souvenirs e lembranças da Chapada dos Veadeiros. Devido à pandemia, e ao fechamento da região à visitação dos turistas, a loja teve de suspender as atividades por mais de cinco meses. Foi nesse cenário que ele obteve o crédito concedido pela GoiásFomento.

“O empréstimo ajudou muito a manter a empresa funcionando, porque muitos bancos fecharam as portas para nós que somos pequenos empreendedores. Foi assim que conseguimos manter o estabelecimento com os pagamentos em dia”, afirmou Maria Neves.

O empresário Jones Matos, diretor da Cerrado Pesquisa e Eventos, empresa localizada no Jardim Goiás, região sul de Goiânia, conta que utilizou os recursos financeiros, provenientes de para comprar equipamentos como computador e tablets, melhorando a estrutura tecnológica da empresa. “Em momento de muita dificuldade, uma linha de crédito é fundamental e ajuda as micro e pequenas empresas para a retomada no pós-pandemia”, disse. 

Conforme Jones, esse recurso financeiro chegou em “momento oportuno”. Ele garante que a empresa o usará “de forma cautelosa e responsável”, e sobretudo, para melhorar e se preparar para o momento que virá depois da pandemia. “Foi muito importante esse crédito”, destacou.