Vereador de Goianésia é investigado por suposta fraude na compra de ornamentos funerários
Há suspeitas de que o antigo mandatário da Câmara de Vereadores seja o verdadeiro proprietário da empresa que ganhava as licitações
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) realizou na última sexta-feira (15/10) nove mandados de busca e apreensão no município de Goianésia, após investigação que apontou supostas fraudes em licitação para aquisição de coroas de flores para ornamentar cerimônias de velórios na cidade.
A investigação ocorreu por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap). Houve a busca de provas em residências, estabelecimentos comerciais e na Câmara Municipal do município de Goianésia.
As medidas foram determinadas pela 1ª Vara Criminal de Organizações Criminosas e Lavagem de Dinheiro de Goiânia.
Entenda
Durante as investigações, os policiais civis constataram que entre os anos de 2015 e 2020, houve o direcionamento das aquisições de coroas de flores para que uma mesma funerária da cidade as fornecesse.
Entretanto, foi verificado que essa funerária não costuma realizar o fornecimento de tais ornamentos, além de ser ligada a um dos vereadores da Câmara Municipal. Há suspeitas de que o antigo mandatário da Câmara de Vereadores seja o verdadeiro proprietário da empresa funerária que possui como sócios formais pessoas intimamente ligadas a ele, como seu genro.
Além disso, há a possibilidade de sequer terem sido fornecidas as coroas de flores já que a empresa funerária não possui permissão para a realização dessa atividade.
A investigação também apura o direcionamento na contratação de uma empresa de engenharia que prestou serviços para a Câmara Municipal por meio de dispensa de licitação.
No cumprimento dos mandados de busca, foram apreendidas 6 armas de fogo, entre revólveres, pistola e carabinas, e munições de propriedade do principal investigado.
As investigações estão em sua fase final e os envolvidos poderão responder por crimes de associação criminosa, fraude a licitação e peculato, cujas penas máximas, se somadas, podem chegar a 19 anos de prisão.
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