Presidente do Equador declara estado de exceção a fim de combater violência e narcotráfico no país
Guillermo Lasso descreveu o narcotráfico como o “principal inimigo” do país e ordenou a mobilização das Forças Armadas em províncias
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, anunciou sua decisão de decretar estado de exceção no país, com o objetivo de enfrentar a escalada de violência e assassinatos nas ruas, que têm gerado medo e ansiedade na população. A declaração foi feita na noite de segunda-feira (18/10) em cadeia nacional de TV.
Lasso afirmou que os militares tomarão as ruas para garantir a segurança dos cidadãos e, conforme publicou a Folha de S. Paulo, a medida deve durar, a princípio, 60 dias. Além disso, anunciou o nome do novo ministro da Defesa, Luis Hernández, que assume no lugar de Fernando Donoso, que renunciou ao cargo.
Segundo o presidente, o Ministério da Defesa deve apresentar um plano de reforma das Forças Armadas, com o objetivo de ser “mais forte, sólida e comprometida” na luta contra a violência. Atualmente, o Equador vive uma crise de motins em prisões, com a mais recente rebelião tendo somado 118 mortos.
Em seu anúncio, Lasso descreveu o narcotráfico como o “principal inimigo” do Equador e ordenou a mobilização das Forças Armadas nas províncias de Guayas, Pichincha, El Oro, Santa Elena, Los Ríos, Santo Domingo de Los Tsáchilas, Manabí, Esmeraldas e Sucumbíos, por apresentarem os maiores indicadores de atividade criminosa.
Nas demais províncias equatorianas, a polícia deve coordenar as ações de vigilância e prevenção ao crime, conforme detalhado no decreto presidencial.