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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Descaso

Funcionários do maior edifício de Goiânia reclamam da falta de elevadores de serviço no complexo

Servidor relata que apenas um elevador de serviço é disponibilizado; trabalhadores chegam a esperar por uma hora e disputam espaço com materiais de construção

Postado em 20 de outubro de 2021 por Giovana Andrade
Funcionários do maior edifício de Goiânia reclamam da falta de elevadores de serviço no complexo
Servidor relata que apenas um elevador de serviço é disponibilizado; trabalhadores chegam a esperar por uma hora e disputam espaço com materiais de construção. | Foto: Nathan Sampaio

Inaugurado em 2018, o Órion Business & Health Complex, maior edifício de Goiânia, está na lista dos maiores do Brasil. Com 50 andares e 191 metros de altura, o complexo recebe um intenso fluxo de pessoas, incluindo servidores, e comentários recentes apontam que o número de elevadores de serviço disponibilizados não atende à demanda. Em uma postagem nas redes sociais, uma pessoa que trabalha no prédio afirmou que apenas um elevador de serviço é responsável por subir os funcionários e materiais para mais de 670 salas comerciais.

O edifício abriga um centro clínico com 356 salas, um hotel com 260 apartamentos e um shopping com capacidade para 56 lojas e 9 vitrines quiosques. Outras 308 salas corporativas, além do centro de convenções e restaurante panorâmico, também recebem tanto visitantes quanto servidores. O edifício é equipado com 27 elevadores, mas os funcionários precisam enfrentar longas filas para chegar ao seu andar.

A pessoa que publicou a reclamação a respeito da ineficiência do transporte interno de servidores do Órion preferiu não se identificar, mas aceitou conversar com o jornal O Hoje a respeito do problema. Ele conta que é comum esperar entre 30 e 40 minutos pelo elevador de serviço, e que já chegou a esperar por até uma hora.

Ele destaca, ainda, que o elevador usado pelos servidores precisa ser dividido com materiais que sobem para obras realizadas dentro do edifício. “Ou seja, cimento, areia, ferramentas, placas de gesso, mobiliários, tudo. Se tratando de 673 salas comerciais (não sei quantas restam a serem construídas), é muito pouco. Já vi vários casos do elevador subir lotado de pessoas e sacos de cimento, por exemplo. Até de pessoas terem que ficar em cima da montanha de saco para subir”, relatou.

Além do desafio de subir para o andar em que irá trabalhar, funcionários que precisam transitar entre diferentes pavimentos enfrentam o problema diversas vezes ao dia. “Eles sofrem mais ainda”, disse o servidor.

Segundo ele, muitas reclamações já foram realizadas pelos funcionários e ignoradas pela administração do Órion. “Aliás, a equipe administrativa vê esse descaso todo dia pelas câmeras, e não fazem nada. Ficam apenas observando a fila se formando”.

O funcionário lembra que, na maioria das vezes, o elevador é a única alternativa. Conforme ele ressalta, além da elevada altura do edifício, os primeiros dezesseis andares são destinados ao estacionamento, de forma que as salas comerciais se localizam apenas acima do 17º andar. “Caso a reforma não seja em um dos andares de estacionamento ou administrativo, qualquer material que for subir ou descer tem que vencer esses andares”, completa.

Perguntado sobre a existência de outros elevadores de serviço no complexo, ele conta que nunca os viu funcionando. “Uma engenheira me informou que aqui, há muito tempo atrás, uma vez foi disponibilizado o outro elevador que eles possuem. Mas isso faz mais de ano. Tanto que eu, que trabalho aqui desde maio, nem sabia da existência desse outro elevador de serviço”, contou.

Na postagem compartilhada pelo funcionário, outras pessoas responderam com relatos semelhantes, concordando que o problema existe e demonstrando insatisfação.

Procurada pelo jornal O Hoje para responder às reclamações, a equipe administrativa do Órion Complex emitiu uma nota resposta sobre o assunto. Confira:

“A administração do Órion Complex informa que o complexo destina quatro elevadores para serviço e solicita ao prestador que entre em contato direto para que possa entender melhor suas dificuldades e, assim, buscar uma solução”.

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