Lojistas da 44 reclamam da falta de fiscalização e competição desleal contra camelôs
Segundo a AER44, os três últimos meses do anos seria a oportunidade dos lojistas recuperarem parte dos prejuízos durante a pandemia, mas ao invés disso, estão enfrentando competição desleal contra camelôs.
Após quase um mês do lançamento da Operação Boas Compras, lojistas e gestores de shoppings e galerias na Região da 44, em Goiânia, reclamam que não estão vendo nenhuma ação efetiva da Prefeitura para combater a atuação dos ambulantes que invadem calçadas e ruas do polo confeccionista.
Chrystiano Câmara, presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), afirma que já acionou as secretarias municipais de Planejamento Urbano (Seplanh) e de Mobilidade (SMM), mas até o momento as equipes de fiscalização estão ausentes. “São nos três últimos meses do ano que temos o nosso melhor movimento e chances da região recuperar parte dos prejuízos devido às restrições sanitárias impostas durante a pandemia. Ao invés disso enfrentamos essa competição desleal contra camelôs que obstruem as ruas, atrapalham o trânsito e não pagam impostos”, relata o líder empresarial.
O presidente lembra que os empresários da Região da 44 foram parceiros da prefeitura desde o primeiro dia em que foi decretado estado de emergência em saúde por causa da Covid-19. “Nós empreendedores e lojistas da 44 fomos os primeiros a fechar. Foram sete meses de restrições rigorosas, dos quais quatro de portas totalmente fechadas. Ao passo que os ambulantes nunca pararam, nem mesmo durante a pandemia e seguem fazendo o quer sem qualquer punição ou fiscalização por parte da prefeitura”, contesta o vice-presidente da AER44, Lauro Naves.
A Região da 44 é o segundo maior polo confeccionista e de distribuição de moda do País e reúne mais de 15 mil lojas, gerando aproximadamente cerca de 150 mil empregos diretos e indiretos. Segundo estimativa da AER44, a região deve receber entre os meses de outubro e dezembro cerca de três milhões de visitantes e gerar aproximadamente oito mil vagas temporárias.
A Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (SEPLANH) foi procurada pela reportagem de O Hoje para se posicionar em relação às demandas dos lojistas, mas não obtivemos resposta até o horário de publicação desta matéria. O espaço permanece em aberto.
Imagens da região mostram a grande quantidade de ambulantes e camelôs vendendo seus produtos nas calçadas.