Ministério Público pede anulação de prova de concurso para juiz substituto em Goiás
Primeira etapa da seleção aconteceu em setembro, porém, a promotoria aponta “fortes indícios de irregularidades na realização do exame”
O Ministério Público de Goiás (MPGO) recomendou, nesta segunda-feira (25/10), à Presidência do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) que a primeira etapa de provas do 57º Concurso Público para o cargo de juiz substituto, que aconteceu no dia 26 de setembro, fosse anulada. De acordo com o promotor de Justiça João Teles de Moura Neto, há “fortes indícios de irregularidades na realização do exame e tem por finalidade prevenir responsabilidade em eventual processo judicial”.
De acordo com o MPGO, a Justiça tem dez dias para encaminhar, por escrito, informações sobre as providências adotadas para o cumprimento da orientação. Além disso, o órgão também instaurou um inquérito civil público (ICP), para apuração de possíveis irregularidades no concurso, que foi regido pelos editais 1/2021 e 2/2021 e conduzido pela Fundação Carlos Chagas.
Dentre as situações que comprometeram a “lisura do exame”, constam: queda de energia em um dos locais de prova, que acarretou atraso de duas horas do início da prova; nesse período, candidatos foram autorizados a usar celular nas salas de prova e banheiros, mesmo após a entrega dos espelhos de gabarito; situação desrespeitaria o edital, que determina o desligamento do aparelho; candidato que teria passado mal e sido encaminhado para sala reservada sob a justificativa que seria pessoa com deficiência, o que, segundo noticiado, não seria verdade; e ausência de detectores de metais na fiscalização de entrada a um dos locais de prova.