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sábado, 23 de novembro de 2024
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Fim do ano

Otimista: Comerciantes esperam vender 30% a mais com Black Friday, Natal e Réveillon

Com a entrada do 13º salário, comércio espera um retorno da lucratividade

Postado em 26 de outubro de 2021 por Redação
Otimista: Comerciantes esperam vender 30% a mais com Black Friday
Com a entrada do 13º salário

Por Alzenar Abreu

Expectativas para as festas de fim de ano poderão surpreender comerciantes e consumidores para o Natal e para a virada de ano. Roupas novas, alimentos, bebidas e viagens e o curso normal da correria para deixar tudo perfeito para receber amigos e família têm números auspiciosos em Goiás. Sindicato dos Lojistas do Estado de Goiás (Sindilojas) espera aumento de 30% nas vendas. No ramo de alimentos, espera-se que a clientela gaste 25% a mais do que em 2020.

Para o proprietário de uma loja de artigos de decoração para festas, Baumer do Santos, o movimento este ano está atípico. “Muita gente à procura de árvores de Natal, bonecos de Papai Noel, luzes e adereços”. Estou confiante. Acredito que vamos faturar 50% a mais do que no ano passado”, diz.

A autônoma Joseane Haepers mudou-se há sete meses para Goiânia e espera 10 familiares que virão de São Paulo para passarem, juntos, o final de ano. “Estou animada. Meu marido brincou que quer competir com o vizinho na melhor decoração. Já compramos um Papai Noel de três metros. Passamos por tempos muito difíceis e, agora, queremos aproveitar bastante”, diz Joseane.

Para a diretoria do Sindilojas, a espera é de 8 mil contratações temporárias para shoppings e lojas de bairro. A Confederação Nacional do Comércio já soltou estimativa de que a economia vai girar R$ 208 bilhões para o comércio nacional. Mesmo com a crise que achatou a renda dos goianos e dos brasileiros, a meta é aproveitar o fim de ano para estar o maior tempo possível com a família e amigos, o que levará aos gastos para manter as celebrações. 

Lojistas da Região da 44, que ficou famosa no Brasil pelo polo de confecção gigantesco que se formou, devem receber atacadistas e consumidores. O segmento espera vender 35% a mais com a liberação das caravanas de compras, antes proibidas por conta da pandemia, que vêm de vários pontos do País em busca das novidades das lojas de Goiânia.

Black Friday

A intenção de compras durante a Black Friday subiu neste ano em relação a 2020. De acordo com uma pesquisa feita por uma empresa de consultoria, que entrevistou 400 consumidores, 76,50% dos brasileiros realizaram compras ano passado, enquanto que para 2021 a expectativa é que esse número suba para 87,75%, tanto na compra de produtos no varejo on-line quanto nas lojas físicas. A Black Friday deste ano acontecerá no dia 26 de novembro.

Segundo a pesquisa, 72% dos entrevistados pretendem comprar on-line, seja em sites, lojas virtuais (56,98%) ou aplicativos de compras (14,81%). Além disso, 62,96% dos consumidores revelaram escolher os meios virtuais por medo do contágio do coronavírus. No ano passado, este percentual era de 75,3%.

O preço do produto é o principal fator de escolha, com 83,48% das respostas, seguido pelo fato de a loja ser conhecida (54,7%), ter selo de segurança (38,18%) e ter boa avaliação em sites de reputação (37,89%). Ou seja, para os lojistas, é importante investir bem em uma plataforma segura, transmitindo confiabilidade.

Celulares e eletrônicos

Ainda de acordo com a pesquisa, os itens mais desejados pelos consumidores são os celulares, representando 66,67% das intenções de compra. Eletrônicos e Eletrodomésticos também compõem o topo da lista, com 60,68%, seguido da categoria de Moda & Acessórios, com 40,46%. Calçados (40,46%), Casa & Móveis (25,93%) e Cosméticos (23,36%) também aparecem como categorias mais desejadas na Black Friday.

Apesar de o setor de turismo estar em ritmo de retomada, após sofrer um grande impacto com a pandemia, a categoria de Turismo & Viagens aparece na lista sem grande destaque. Apenas 12,82% dos consumidores pretendem usar a Black Friday para investir em uma futura viagem, por exemplo.

Cenário está positivo para empregos temporários

Goiânia segue com um aumento significativo no índice de confiança do comércio, o que pode trazer boas perspectivas para as compras de fim de ano, em 2021. Além disso, a contratação de funcionários neste período será a maior em sete anos, com cerca de 3500 vagas de trabalho disponíveis. As informações são baseadas em três pesquisas, produzidas pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), referentes ao mês de setembro.

Segundo o especialista em investimentos e consultor de assuntos financeiros da Fecomércio Goiás, Bruno Ribeiro, a estimativa é excelente. “A economia local está buscando sair da crise causada pela pandemia da Covid-19”, diz. Ele aponta, em análises, dos últimos meses, diminuição do endividamento das famílias e subida da confiança do empresário local.

Para Bruno Ribeiro, é perceptível que pessoas menos endividadas compram mais. E geram um capital de giro que é essencial para fomentar o comércio goiano. “Podemos falar que estes eventos têm um efeito cascata, mas não esperávamos que fosse de uma maneira tão elevada e, claramente, a Fecomércio teve uma participação decisiva nestes dados, graças às ações promovidas pela entidade desde o início da pandemia”, reforça.

Confiança do empresário

Outro fator decisivo foi o alto índice de confiança do empresário, que vem em uma crescente desde junho de 2021. Para ele, essa segurança faz com que o empresário contrate mais, gere mais emprego e expanda atividades.

Bruno Ribeiro destaca que, apesar do contexto otimista, não se pode esquecer fatores de risco como o aumento do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou operações relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF). O que dificultaria o poder de compra.

Ele menciona que é importante pontuar que ainda se vive um cenário econômico incerto, nacional e internacional. (Especial para O Hoje)

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