Goiás é alvo de operação da PF sobre comércio ilegal de ouro no sul do Pará
Os policiais fizeram mandados de busca e apreensão e mandados de prisão, foi constatado que todos os anos saÃam cerca de uma tonelada de ouro extraÃdo
A PolÃcia Federal deflagrou nesta quarta-feira (27/10) a Operação Terra Desolata, que acabou com uma organização criminosa especializada em extração e comércio ilegal de ouro, no sul do Pará, especialmente, na Terra IndÃgena KAYAPÓ. Em goiás, os policiais fizeram mandados de busca e apreensão e mandados de prisão.
Cerca de 200 policiais federais estão cumprindo 62 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão preventiva. As medidas estão sendo cumpridas em 10 unidades federativas, dentre elas os estados do Pará, Amazonas, Goiás, Roraima, São Paulo, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal.
A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio e indisponibilidade de valores em aproximadamente meio bilhão de reais, nas contas dos investigados, via sistema BACENJUD; o sequestro com bloqueio de 5 aeronaves; suspensão da atividade econômica de 12 empresas; sequestro com bloqueio de bens imóveis de 47 pessoas fÃsicas e jurÃdicas; sequestro com bloqueio de outros 14 bens móveis.
Durante a investigação, foi constatado que todos os anos saÃam nas terras indÃgenas uma tonelada de ouro extraÃdo. A área de retira do minério era de um garimpo ativo em áreas particulares, e que os locais tem suspeita ainda de trabalhadores em condições à escravidão.
As investigações tiveram inÃcio em 2020 e apontam que a organização criminosa atua em três nÃveis diversos. O primeiro nÃvel refere-se aos garimpeiros comuns que extraem o ouro, sem Permissão de Lavra Garimpeira-PLG, e vendem o ouro para os intermediários, os quais estão no segundo nÃvel. Estes, por sua vez, revendem o ouro para grandes empresas, que estão no terceiro nÃvel, para no fim injetá-lo no mercado nacional, ou então destiná-lo para exportação.
Caso confirmadas as hipóteses criminais, os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelo crime de usurpação de bens da união, por explorar matéria-prima pertencentes ao referido ente; por executar pesquisa, extração de recursos minerais sem a competente autorização; por integrarem organização criminosa; e pelo crime de lavagem de dinheiro.