A morte de Maísa Lima, uma entusiasmada pelo jornalismo
Como divulgado pelo Tribuna do Planalto, jornal para o qual trabalhava desde agosto, Maísa Lima, 52 anos, ficou muito feliz de voltar a escrever em um veículo de imprensa.
Por: Yago Sales
Quando o jornalista Geneton Moraes Neto morreu aos 60 anos em 2016, Caetano Veloso escreveu: “Quando morre um verdadeiro jornalista a verdade fica triste”.
Em meio ao sentimento de luto que a imprensa goiana teve de cobrir desde sexta-feira (05) passada, quando soube da morte de Marília Mendonça, e agora com a ida de Iris Rezende Machado, uma jornalista se vai. Uma repórter.
Como divulgado pelo Tribuna do Planalto, jornal para o qual trabalhava desde agosto, Maísa Lima, 52 anos, ficou muito feliz de voltar a escrever em um veículo de imprensa.
Ela, que havia passado por redações de jornais nos últimos anos, transitou por outros caminhos. É sabido que a vida de repórter não é fácil. Paga-se pouco e muitas vezes os jornalistas abandonam as redações para trabalhar em assessoria de imprensa, onde paga-se mais.
Mas sempre fica aquela vontade de voltar à rotina de jornal. Tudo para contar a história dos outros in loco. Ouvir gente. Ver a vida do outro com o compromisso de narrá-la. Maísa quis e voltou. Por pouco tempo, mas voltou.
E Maísa demonstrou essa alegria em uma mensagem enviada a uma colega do jornal: “Eu tô parecendo pinto no lixo de feliz de ter voltado à redação de jornal. Você sabe como é, a gente que ama o Jornalismo, não dá conta de ficar muito tempo afastado.”
O coração da repórter, que sofria com a asma, parou de bater nesta terça-feira (09) no apartamento em que morava, sozinha, no Centro de Goiânia, enquanto repórteres corriam pelas ruas da capital para o adeus a Iris Rezende.