Após a troca de espermas em um procedimento de fertilização in vitro, um casal dos Estados Unidos entrou com processo contra a clínica California Center foi Reproductive Health (CCRH) e o laboratório de embriologia In VitroTech Labs. Daphna e Alexander Cardinale perceberam o erro logo no nascimento do bebê, que não tinha nenhuma semelhança com o casal.

Segundo a emissora BBC, a história foi revelada na última segunda-feira (08/11) durante uma entrevista coletiva. No processo consta que o casal procurou auxílio da clínica em 2018, e o laboratório também atuou no procedimento. Em 2019, Daphna deu à luz à uma menina.

A mulher conta, na sala de parto, que esperava “uma criança de pele clara”, como o filho primogênito do casal, mas ficou surpresa com a cor da pele da menina que era “muito mais escura”. Além disso, a mulher relata que a situação foi chocante e que o marido “deu vários passos para longe de onde estava, recuando contra a parede”.

Entretanto, o teste de DNA só foi feito quase dois meses após o nascimento, determinando que eles não eram biologicamente relacionados com a menina. Então, a clínica passou a atuar no processo para encontrar a família biológica da bebê e, após vários encontros, os casais concordaram em passar pelo processo legal de troca formal das crianças, em janeiro de 2020.

“Em vez de amamentar meu próprio filho, amamentei e criei um vínculo com uma criança que mais tarde fui forçada a dar. O horror desta situação não pode ser subestimado”, disse Daphna em entrevista coletiva.

A defesa do casal relata que ambos tiveram que passar por tratamento psicológico com sintomas de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático. O outro casal, que preferiu manter anonimato, também está processando a clínica.