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Mensalidade escolar pode aumentar cerca de 10% em 2022 na Capital

Aumento deve ser igual ou abaixo da inflação do ano

Postado em 10 de novembro de 2021 por Maiara Dal Bosco
Mensalidade escolar pode aumentar cerca de 10% em 2022 na Capital
Aumento deve ser igual ou abaixo da inflação do ano | Foto: Reprodução

Pais e responsáveis com crianças e adolescentes em escolas particulares na Capital deverão preparar o bolso para o aumento das mensalidades escolares no próximo ano. Fatores como a retomada das atividades presenciais e a alta da inflação devem interferir diretamente no custo da educação privada. O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (SEPE), o Procon Municipal escolas da Capital, acreditam que o reajuste em 9,5%, índice abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses, que, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) chegou a 10,25%.

Thiago Oliveira, diretor de uma das escolas que já definiu o reajuste para 2021, garante que o cálculo de aumento está definido.  “Estamos praticando um reajuste de 9,5% para o próximo ano. Apesar de estar acima dos anos anteriores, o valor está abaixo da inflação”, afirmou.

O diretor do Colégio Integrado destacou ainda que a instituição decidiu colocar um índice abaixo da inflação acumulada para auxiliar as famílias. “Esse é um cenário que não poderia deixar de ter um aumento. Os custos aumentaram consideravelmente. Contudo, optamos por não repassar todos os aumentos e diminuir a margem de lucro, sem que isso impactasse na qualidade do ensino ofertado”, ressaltou.

Planilhas de custo

Segundo o Sindicato, as escolas devem apresentar as planilhas de custo do próximo ano com até 45 dias anteriores à data de início das aulas. “As instituições são obrigadas a apresentar a planilha de custo, em que detalha se já definiu o valor da mensalidade e o número de vagas que serão ofertadas, por exemplo”, afirma Flávio Roberto de Castro, presidente do SEPE.

O presidente explicou ainda que não é possível fazer uma média de quanto será o reajuste das mensalidades, uma vez que as escolas têm realidades diferentes. “As realidades são muito distintas. A escola que oferece ensino infantil é diferente da que oferece ensino fundamental, e ensino médio, por sua vez, então se calculada uma média, a mesma fica prejudicada também devido aos portes distintos das escolas”, afirma.

O Sindicato ressalta ainda que a planilha a ser apresentada pelas escolas particulares segue a Lei nº 9.870, que dispõe sobre o valor total das anuidades escolares. “Essa anuidade deve ser dividida, no mínimo, em 12 vezes, mas há variação de escola por escola. Estamos em um momento de inflação crescente e não há orientação do Sindicato sobre qual percentual deve ser dado porque depende da escola, da proposta pedagógica e da respectiva fase de ensino”, destaca Flávio.

Segundo ele, aumentos já anunciados como o do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e os reajustes nas folhas de pagamento dos colaboradores das escolas têm grande impacto sobre o custo das instituições. “É um conjunto de valores. Somos prestadores de serviços, e o maior impacto é a folha de pagamento e os impostos que vêm em conjunto. É uma luta muito grande desde 2020 para mantermos a clientela, muitas vezes tentando diminuir os custos para não repassar o aumento para que as famílias consigam manter os filhos na escola particular”, pontua o presidente da SEPE.

Fiscalização

No último dia 05, o Procon Goiânia iniciou a fiscalização em 12 escolas particulares da Capital para verificar o aumento nos valores das mensalidades do ensino infantil, fundamental e médio para o ano de 2022. Neste primeiro momento, as instituições foram notificadas para apresentar no prazo de 10 dias úteis documentações que expliquem o reajuste da mensalidade para o ano que vem.

Ao jornal O Hoje, o Procon Goiânia afirmou que o Jurídico do órgão segue analisando os documentos enviados pelas escolas, e que ainda não há dados sobre possíveis reajustes abusivos. (Especial para O Hoje)

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