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domingo, 22 de dezembro de 2024
Emirados Árabes

Entenda polêmicas envolvendo viagem de Bolsonaro e comitiva ao Oriente Médio

Presidente chegou ao Oriente médio acompanhado de família e apoiadores e polêmicas vão de hospedagem em hotel de luxo à impedimento da imprensa

Postado em 16 de novembro de 2021 por Maria Paula Borges
Entenda polêmicas envolvendo viagem de Bolsonaro e comitiva ao Oriente Médio
Presidente chegou ao Oriente médio acompanhado de família e apoiadores e polêmicas vão de hospedagem em hotel de luxo à impedimento da imprensa | Foto: Palácio do Planalto

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desembarcou em Dubai, nos Emirados Árabes, sendo essa a primeira etapa de uma missão de uma semana no Oriente Médio para visitar três países até esta quinta-feira (18/11). Bolsonaro chegou a Dubai no último sábado (13/11) e a viagem acumulou episódios desde hospedagem da comitiva em hotel de luxo à interrupção do trabalho da imprensa, gerando polêmica.

Ao chegar em Dubai, Bolsonaro deu entrada no hotel Habtoor, considerado uma das unidades mais luxuosas dos Emirados Árabes, e fica hospedado até esta terça-feira (16/11). O estabelecimento, avaliado em cinco estrelas, tem diárias com valores altos, chegando a R$ 83 mil, em preços “populares”, os valores são em média R$ 3,3 mil por dia. Segundo o presidente, a diária de R$ 45 mil será paga pelo governo local.

Bolsonaro está em Manama, capital do Bahrein, nesta terça-feira (16/11), e o presidente publicou em suas redes sociais um vídeo que mostra o quarto em que está hospedado, em um hotel de luxo. De acordo com o presidente, a diária é de R$ 46 mil, mas paga “pelo rei do Bahrein”. “Nós sabemos como vive o Brasil. Poderia eu pagar esse hotel sem problema nenhum, quem estaria bancando era você contribuinte. Mas, assim como aconteceu agora há pouco, porque estamos vindo dos Emirados Árabes Unidos, essa despesa será custeada pelo rei do Bahrein”, afirmou.

Para a viagem, o presidente brasileiro não foi sozinho, estando acompanhado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, dos filhos Flávio e Eduardo Bolsonaro, além da comitiva composta pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, da Defesa, Braga Netto, e de Relações Exteriores, Carlos França. Os secretários de Assuntos Estratégicos, Flávio Rocha, e da Cultura, Mário Frias, também fazem parte da viagem.

Além disso, em pouco mais de dois meses, o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ), o ex-senador Magno Malta e o vereador mineiro Nikolas Ferreira (PRTB) também integram a comitiva do governo brasileiro na terceira viagem a Dubai. O presidente da Associação Nacional de Desembargadores (Andes), o desembargador Marcelo Buhatem, ainda foi marcado em uma foto junto ao presidente e seus acompanhantes – o desembargador tem relação antiga com o clã bolsonarista e era o responsável pelo caso das rachadinhas envolvendo Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).

A maioria dos jornalistas brasileiros que cobrem a visita presidencial ao Oriente Médio estão impedidos de entrar em Doha, no Catar. Na última segunda-feira (15/11), o governo local baixou uma medida colocando os Emirados Árabes na lista vermelha que exige quarentena em hotéis determinados pelo governo do país. Uma repórter brasileira foi impedida de embarcar de Dubai para o Catar e outra foi orientada a não embarcar devido ao risco de ser deportada de volta a Dubai. Entretanto, o Ministério de Relações Exteriores, junto com o governo do Catar, tenta resolver a situação para garantir a cobertura jornalística em Doha.

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