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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
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Eleições

“É o meu momento”, diz Meirelles sobre corrida ao Senado

Ex-presidente do Branco Central do Brasil e ex-ministro da Fazenda, executivo acredita que chegou a hora de colaborar com a recuperação econômica do País através do Senado

Postado em 17 de novembro de 2021 por Felipe Cardoso
“É o meu momento”
Ex-presidente do Branco Central do Brasil e ex-ministro da Fazenda

O secretário da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, Henrique Meirelles (PSD), esteve em Goiânia no último final de semana. De volta à capital de maneira cada vez mais recorrente, Henrique tem aproveitado seu tempo em Goiânia, e durante rápidas passagens pelo interior, para conversar com políticos, lideranças e amigos sobre a campanha do ano que vem. 

Em um de seus encontros no último domingo, Meirelles esteve com a reportagem do jornal O Hoje. Na ocasião, foi rememorada a larga experiência e atuação do executivo em posições de destaque da Economia nacional e internacional. 

Além de ter comandado o BankBoston, Meirelles também foi presidente do Banco Central do Brasil entre os anos de 2003 a 2011. Outro ponto digno de destaque em seu currículo diz respeito à passagem pelo Ministério da Fazenda no governo Temer. O economista comandou a pasta entre os anos de 2016 a 2018. 

Com toda bagagem e em função do momento crítico que o Brasil atravessa, Meirelles diz acreditar que chegou seu momento de ajudar no processo de recuperação econômica. “A população está sofrendo os efeitos da inflação alta. Temos visto a disparada dos preços, o desemprego. As pessoas querem alguém que possa ajudar a resolver esses e outros problemas”, enfatizou. 

Em outro trecho do bate-papo, Meirelles rememorou sua passagem de “uma vida inteira” em funções executivas e acrescentou acreditar que os temas mais importantes para o Brasil neste momento passarão pelo Congresso, em especial pelo Senado. Dentre eles, destacou as reformas tributária e administrativa. “Acho que posso agregar muito, estamos falando de algo que tenho experiência”, ponderou.

Na raia 2

Sobre o processo eleitoral já iniciado pelos interessados em alcançar a cadeira do Legislativo, Meirelles não demonstrou preocupação quando mencionado o nome de possíveis grandes adversários, dentre eles, inclusive, o nome do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que figura como um possível candidato ao Senado em pesquisas internas realizadas por grupos específicos. “Quem é candidato precisa se dispor a enfrentar todo e qualquer adversário”, resumiu.

Ainda no campo das pesquisas, emendou: “Os números que tenho mostram que estou liderando e que 54% do eleitorado não me conhece. Isso é bom, pois iniciaremos uma grande campanha onde poderei me tornar conhecido, além de figurar como uma opção entre essa parcela dos goianos que ainda não me conhecem”. 

Pensando em projetar não apenas seu nome como suas ideias, Meirelles terá ao longo das próximas semanas encontros em Anápolis, sua terra natal, e também na região da estrada de ferro.  Uma peregrinação mais robusta deve ser iniciada, porém, a partir de janeiro do ano que vem. “É aí que a coisa pega e a agenda ganhará um ritmo mais intenso”, pontuou.

Trajetória

Meirelles se tornou uma das figuras mais respeitadas na área financeira nacional e internacional não apenas pelos cargos mencionados anteriormente. Em 2016, foi eleito Brasileiro do Ano na Economia pela IstoÉ. Também terminou premiado como o Melhor Banqueiro Central das Américas pela Revista The Banker, de Londres, e Melhor Banqueiro da América Latina, em 2006.

Meirelles também registrou passagem pelo Lazard Americas, banco de investimento sediado em Nova York; Kolberg, Kravis and Roberts (KKR), empresa global de investimentos; e atuou como membro do Conselho da Lloyd’s of London, empresa global de seguros. Seu currículo ainda conta com participação no conselho consultivo da J&F Investimentos e membro do Conselho de Administração da Azul Linhas Aéreas Brasileiras. 

Vale lembrar que, em 2002, o executivo terminou eleito para o cargo de deputado federal por Goiás com o maior número de votos naquela eleição — foram mais de 180 mil. Porém, aceitou o convite para comandar o Banco Central do Brasil meses antes da posse. Mais tarde, concorreu à presidência da República pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), mas não foi eleito.

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