De acordo com estudo de pesquisadores da Universidade de Medicina de Tianjin, na China, beber café parece ter efeitos beneficos para o cérebro. A conclusão é de que quantidades específicas podem ajudar a diminuir o risco de demência e de derrame, e isso tem relação aos batimentos cardíacos, com a energia oferecida para prática de atividade física e ao tempo de sono.

Segundo pesquisadores, consumir de 4 a 6 xícaras de café ou chá por dia pode contribuir para uma menor incidência de derrame e demência em pessoas saudáveis entre 50 e 74 anos.

O estudo foi publicado na revista PLoS Medicine na última terça-feira (16/11), e após analisar os dados de 365,6 mil pessoas cadastradas em um banco de dados de saúde, foi encontrada uma incidência menor das doenças citadas em pessoas saudáveis com idades citadas acima.

Os participantes foram analisados por um período de 10 anos. Nesse tempo, 10.053 tiveram derrame e 5.079 desenvolveram demência. Os resultados mostram que pessoas que beberam de duas a três xícaras de café ou de três a cinco xícaras de chá por dia tiveram chances menores de desenvolverem a doença.

Café e doenças cerebrais

Os resultados mostraram que o consumo de café estava associado a um aumento de 54% nas contrações ventriculares permaturas, um tipo de batimento cardíaco anormal originário das câmaras cardíacas inferiores. A redução nas chances de derrame foi de cerca de 32%. Já na de demência ficou em torno de 28%. Os cientistas reforçam que os pacientes analisados eram saudáveis e existem outros fatores de risco para essas condições.

“Embora seja possível que o consumo de café e chá possa proteger contra derrame, demência e demência pós-derrame, essa causalidade não pode ser inferida a partir das associações”, exploram os pesquisadores.

Outros estudos também já indicaram os benefícios do café. A Food And Drug Administration dos Estados Unidos (FDA), agência regulatória do país, recomenda a ingestão de 400 mg de cafeína por dia, o equivalente a entre quatro e cinco xícaras.