Goiânia e Estado de Goiás aderem a plano nacional para redução de mortes no trânsito
O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito é dividido em seis pilares e agrupa as ações a serem cumpridas pela sociedade e poder público.
A Prefeitura de Goiânia e o Governo de Goiás oficializaram nesta quarta-feira (17/11) a adesão ao Plano Nacional pela Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans). O objetivo da iniciativa é reduzir em 50% o número de mortes no trânsito até 2028.
A solenidade ocorreu durante visita do secretário Nacional de Trânsito, Frederico Carneiro. O secretário afirmou que o projeto quer somar esforços das esferas governamentais e sociais para implementar políticas públicas eficazes que possibilitem a redução de mortes e acidentes de trânsito. “A gente dá o pontapé nessas ações em Goiás”, enfatizou.
O Pnatrans foi revisado em setembro e parte do princípio de que a responsabilidade por evitar mortes e feridos no trânsito é compartilhada entre quem utiliza, projeta, constrói e fiscaliza os veículos e as vias públicas.
Representando Goiânia, esteve presente na solenidade o titular da Secretaria Municipal de Mobilidade, Horácio Mello. No encontro foram destacados projetos que estão sendo desenvolvidos pela SMM para priorizar a proteção à vida, como a implantação de motobox, faixas não semaforizadas e além do projeto “Educação e Mobilidade”.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, destacou a necessidade de aprimoramento das estruturas e malhas viárias, e do atendimento a acidentados. “As pessoas precisam ter respeito às regras de trânsito, mas também merecem ruas e avenidas bem estruturadas para utilizar, e um atendimento de saúde de excelência, caso precisem. É por isso e para isso que trabalhamos”, afirmou na ocasião.
Mortes no trânsito
Os acidentes de trânsito são a terceira maior causa de mortes prematuras no País. Em Goiás, provocaram 1,5 mil óbitos no ano passado, quando foram registrados 78,3 mil sinistros.
O Pnatrans surge com a meta de mudar essa realidade, a partir de estratégias transversais que estimulem a redução de aproximadamente 50% do número de óbitos e feridos até 2028.
O trabalho engloba ações desde infraestrutura até o socorro das vítimas, passando por educação, formação dos condutores e fiscalização.
Do planejamento ao resgate
O Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) é dividido em seis pilares e agrupa as ações em iniciativas que destacam as áreas de atuação prioritárias.
O primeiro deles prevê a gestão integrada do sistema viário e o avanço do processo de tratamento de dados e consolidação do Registro Nacional de Estatística de Trânsito (Renaest).
O pilar “Vias Seguras” trata da adequação da classificação viária e dos limites de velocidade às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A segurança veicular é outro tópico que deve ser reforçado.
O Pnatrans traz, ainda, parâmetros mais seguros e busca fazer com que os veículos e itens de segurança vendidos no Brasil estejam em conformidade com as melhores práticas mundiais.
A educação de trânsito e a fiscalização ganharam lugar de destaque no plano. Como a abordagem educativa tradicional tem resultados de médio e longo prazo, a proposta é estimular o engajamento da imprensa e promover campanhas de mídia para alcançar resultados em curto prazo.
Já a fiscalização deve ser focada no combate às principais causas de acidentes, como o excesso de velocidade e o consumo de álcool e outros psicoativos.
Por fim, o socorro das vítimas de acidentes de trânsito deve ter atenção especial das esferas públicas. O tempo de atendimento é crítico para reduzir o risco de morte ou lesão grave. Por isso, o plano indica que a prestação de socorro deve ser coordenada entre as diferentes áreas de especialidade.