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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Consciência Negra

Polícia Civil de Goiás reafirma compromisso em combate aos crimes raciais

Delegado afirma que foi observada a necessidade de conhecimento profundo em sociologia, antropologia, que ultrapassariam o conhecimento básico da equipe

Postado em 20 de novembro de 2021 por Maria Paula Borges
Polícia Civil de Goiás reafirma compromisso em combate aos crimes raciais
Delegado afirma que foi observada a necessidade de conhecimento profundo em sociologia

O Dia Nacional da Consciência Negra celebra a liberdade, cultura e força dos negros. Neste sábado (20/11), a Polícia Civil de Goiás reafirmou o empenho em seguir aprendendo sobre as lutas raciais, além de cuidar e proteger da população preta, para garantir que sempre seja respeitada como merece.

A PCGO identificou um acréscimo expressivo em crimes de ódio praticados em Goiás, como o racismo, percebendo que apenas leis e códigos não são eficientes para combatê-los. “Além dessa percepção, verificou-se, também, que o atendimento a esse tipo de delito exigiria um conhecimento mais profundo de sociologia, antropologia e conhecimentos conexos que ultrapassariam o conhecimento básico adquirido pelo Policial Civil em sua formação ordinária”, explica o delegado Joaquim Adorno, responsável pelo Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri) da PCGO.

Além disso, Joaquim afirma que a grande inovação da Polícia Civil não foi a criação do Geacri, mas sim, entender que a unidade serviria como uma espécie de delegacia-escola, em que policiais civis pudessem lidar com a intolerância dentro da estrutura institucional e ter mecanismos para combater esse comportamento. Dessa forma, os integrantes da PCGO aprendem a atender com excelência os indivíduos que sofrem crimes raciais, e qualquer outro crime, trazendo um tratamento humanizado e empoderamento das vítimas.

Ao fazer denúncias, a vítima recebe apoio psicológico para passar pela situação da maneira menos traumática possível. A PCGO trabalha preventivamente para coibir crimes de ódio com a participação dos servidores do Geacri em diversos grupos, por meio de palestras, entrevistas, rodas de conversa e outras formas de conscientização.

O delegado afirma ainda que é cedo para entendermos o impacto numérico das ações para a população negra e outras minorias, assim como acessar dados concretos, mas ressalta que já é possível observar mudança expressiva na postura das vítimas. “Podemos ver que, percebendo que há um espaço institucional de acolhimento, as denúncias aumentaram e as vítimas se sentem menos hostilizadas ao procurar o Estado para resolver sua demanda. Isso é muito claro”, concluiu.

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