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sábado, 23 de novembro de 2024
Transporte Coletivo

Entenda por que algumas linhas de ônibus continuam lotadas em Goiânia mesmo com a pandemia

Com a volta das atividades não essenciais, o fluxo de passageiros durante horários de pico aumentaram causando aglomerações no transporte coletivo

Postado em 22 de novembro de 2021 por Vitória Bronzati
Entenda por que algumas linhas de ônibus continuam lotadas em Goiânia mesmo com a pandemia
Com a volta das atividades não essenciais

Não é de hoje que os moradores de Goiânia e região metropolitana têm sofrido por conta de aglomerações em meio à pandemia do coronavírus no transporte coletivo. Desde o retorno das atividades consideradas não essenciais, o aumento nos preços dos combustíveis e com o encarecimento do preço das corridas de aplicativos de viagem, o fluxo de passageiros fez com que o número de trabalhadores e usuários do transporte público aumentasse.

Esse crescimento gera grande preocupação quando o assunto é a Covid-19. Na grande capital, linhas como 020, 008 e o Eixo Anhanguera, que rodam em toda a capital, possuem grande fluxo de passageiros, especialmente em horário de pico como 6h, 12h e 18h.

O ambiente fechado, com pouca ventilação e a falta de distanciamento entre os passageiros fazem com que a preocupação dos usuários do transporte e dos próprios motoristas aumente. Além disso, os atrasos constantes durante os horários de pico obrigam as pessoas a entrarem em ônibus lotados.

Antônio José do Nascimento, conhecido como Seu Zé pelos motoristas, anda de ônibus há mais de 10 anos e utiliza da linha 026 todos os dias para ir ao médico. Ele conta que sempre se sentiu inseguro e desconfortável para andar de ônibus durante a pandemia. “No começo me senti muito desconfortável ao ter que utilizar o transporte nessas condições. Preciso ir e voltar de ônibus do médico todos os dias. Vejo pessoas entrando sem máscara, tossindo e vivendo normalmente como se não existisse a pandemia”, comentou Antônio.

Mariana Brandão, estudante e estagiária, utiliza a linha 020 para poder voltar para casa todos os dias da semana. “Como meu ônibus passa de uma em uma hora no terminal, prefiro esperar até às 18h45 e pegar o ônibus mais vazio do que correr o risco em um ônibus que ultrapassa a quantidade de passageiro”, afirmou a estudante.

Um motorista que preferiu não se identificar contou que a situação vai além do que os passageiros sabem. “Somos obrigados a colocar a quantidade de pessoas que der dentro dos ônibus. Quanto mais pessoas entrarem, mais dinheiro a empresa lucra e é só isso que eles querem. Não se importam com o bem estar e com a saúde dos funcionários e dos passageiros do transporte. Se eu não cumprir essa regra, eu sou mandado embora da empresa e eu preciso do dinheiro para poder sustentar a minha casa”, conta.

Em nota, a CMTC informou que está semanalmente avaliando a demanda de passageiros das linhas da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) e que viagens vêm sendo inseridas frequentemente. Além disso, é importante citar que as linhas sofrem diariamente impactos provenientes do trânsito como congestionamentos e, recentemente, as chuvas, principalmente em horários de pico.

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