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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
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Congresso

Câmara pode votar proposta que desobriga estados e municípios do investimento mínimo em educação

Nos anos de pandemia, estados e municípios verificaram diminuição de gastos com os setores de ensino, por conta da suspensão das aulas presenciais.

Postado em 11 de abril de 2022 por Ícaro Gonçalves

Entre as pautas previstas para votação nesta segunda-feira (11/4) na Câmara dos Deputados está a (PEC 13/21), que libera estados e municípios, em 2020 e 2021, de cumprirem o mínimo previsto na Constituição para investimentos em educação. Já aprovada pelo Senado, a PEC foi proposta devido à pandemia de Covid-19, que fez com que estados e municípios diminuíssem os gastos com o setor.

Conforme a proposta, aprovada na semana passada em comissão especial, os estados, os municípios e os agentes públicos desses entes federados não poderão ser responsabilizados administrativa, civil ou criminalmente pelo descumprimento da aplicação, exclusivamente nos exercícios financeiros de 2020 e 2021, na manutenção e desenvolvimento de ações voltadas à educação.

Atualmente, a Constituição estabelece que a União deverá aplicar anualmente na manutenção e desenvolvimento do ensino pelo menos 18% da arrecadação total resultante de impostos. Para estados, Distrito Federal e municípios, o percentual é de 25% dessa receita, compreendida ainda a proveniente de transferências.

Nos anos de pandemia, estados e municípios verificaram diminuição de gastos com os setores de ensino, por conta da suspensão das aulas presenciais.

“Verificou-se redução em algumas despesas de natureza educacional por força da suspensão de aulas ocorrida em praticamente todas as redes públicas de ensino. O caso do transporte escolar é o mais evidente”, afirmou em novembro de 2021 o senador Marcos Rogério (PL-RO), primeiro signatário da PEC 13/21.

Segundo ele, pesquisa feita em 2020 pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) indicou que 11,9% das prefeituras enfrentaram dificuldades para atingir os gastos mínimos com a educação. O levantamento ouviu 3.988 gestores locais.

Reinvestimento

A PEC estabelece que o ente federado que não cumprir o mínimo constitucional nesses dois anos deverá aplicar os recursos faltantes nessa finalidade até o exercício financeiro de 2023. Para ser analisada, os deputados precisam votar antes pedido de dispensa do intervalo de duas sessões previsto no Regimento Interno entre a votação na comissão especial e no Plenário.

Com informações da Agência Câmara

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