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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Acordo

Servidores da Educação aceitam proposta de reajuste e encerram greve em Goiânia

A partir de hoje todas unidades da rede municipal de ensino funcionarão normalmente

Postado em 13 de abril de 2022 por Redação

Por Ítallo Antkiewicz

Chegou ao fim a greve na Educação de Goiânia, depois de quase 30 dias de negociação. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) realizou uma assembleia na Praça do Trabalhador nesta terça-feira (2), onde comunicou ter aceitado a proposta feita pela prefeitura.

A presidente do Sintego, Bia de Lima, declarou que a proposta aceita pelos servidores não foi a ideal, mas foi a possível. Ela ressaltou também que vai acompanhar de perto a tramitação da lei na Câmara de Vereadores. “Diante da proposta inicial da Prefeitura, nós dobramos o percentual. Ficou aquém do que gostaríamos, mas à frente do que foi proposto, então foi um avanço”, pontuou a presidente.

Segundo Bia de Lima, a partir de hoje (13), as escolas de Goiânia que estavam em greve vão organizar reuniões internas para planejar o retorno das atividades. A volta às aulas deve acontecer na próxima segunda-feira (18).

O vereador Mauro Rubem ressalta que ao invés de pagar o piso e a data-base dos servidores da Educação, a Prefeitura de Goiânia prefere investir em coisas duvidosas, como o kit robótica, suspeito de superfaturamento. 

“Os servidores resolveram aceitar a proposta de 15% de reajuste no piso, sendo 10% em abril e o restante no fim do quadrimestre. Manifesto minha indignação com a Prefeitura e a Secretária Municipal de Saúde (SME), ao descaso com o servidor e com a Educação, e reitero meu apoio à categoria”, afirma.

Impacto financeiro

O pacote de benefícios anunciado pela gestão municipal para os mais de 18 mil profissionais da Educação de Goiânia terá custo anual superior a R$165 milhões. Em 2021, a folha de pagamento dos servidores da SME teve valor total de R$1,079 bilhão.

Agora, com o reajuste salarial de todos os professores e servidores administrativos acatado pela categoria, a prefeitura prevê gasto anual de R$1,24 bilhão, somente com a folha da Educação.

Os reajustes propostos pela Prefeitura de Goiânia, segundo o secretário Municipal de Educação, Wellington Bessa, levaram em consideração a capacidade orçamentária e o limite prudencial da folha de pagamento previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

“A gestão do prefeito Rogério Cruz cumprirá integralmente o piso nacional dos professores e, com muita responsabilidade e seriedade, garantirá série de benefícios para os servidores administrativos, como a criação do vale locomoção. Vamos seguir com investimentos na valorização dos profissionais e melhorar, cada vez mais, a qualidade do ensino”, afirma o secretário.

Proposta que pôs fim à greve na educação

A proposta aceita prevê o pagamento do piso para categoria P1 com aumento de 33,24%. Já para a categoria P2, o reajuste será de 15,10%, que será pago em duas parcelas: uma de 10,16% em abril e a outra de 4,84% em maio.

Além disso, o acordo também prevê um aumento de 50% no auxílio locomoção para professor e mais 15% na regência, bem como a implementação de auxílio locomoção de R$300 para todos os servidores administrativos.

Outro ponto acordado foi o pagamento da data-base de 2020 e 2021 ainda em abril, que soma 9,32%. O pagamento da data-base de 2022 será repassado no salário de maio.

Relembre o caso

A greve foi deflagrada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação em Goiás (Sintego) no dia 15 de março. Os servidores sempre reivindicaram o pagamento integral do reajuste do piso, de 33,24%, para todos os trabalhadores.

No primeiro momento, a prefeitura de Goiânia ofereceu 7,5% para professores e 9,32% para os administrativos. Depois, a proposta subiu para 10,16%, também rejeitada pela categoria.O Paço também argumentava que não havia capacidade financeira para pagar o reajuste de 33,24% para toda a categoria. A Justiça chegou a declarar a greve ilegal.

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