Vinícius lança primeiro single da carreira, a música ‘Blasé’, acompanhada de um videoclipe
Cantor atua no mercado musical há 16 anos e fará uma série de lançamentos pelo selo Toca Discos
Por Elysia Cardoso
O cantor Vinícius escancara a estética do pop cool e lança seu primeiro single da carreira intitulado ‘Blasé’. O trabalho vem com a proposta de soar diferente, um personagem autêntico que foge do óbvio dentro de uma cultura de massa (o pop), por meio de sua personalidade e interesses na indústria musical. O lançamento chega acompanhado de um videoclipe.
Em entrevista ao Essência, o cantor narra a experiência de dar vida ao seu primeiro single. “Estou muito grato e feliz. Venho trabalhando há anos para este momento, ouvindo muitos nãos. Entrar nesse mercado não é nada fácil, é preciso muito foco e determinação, e, principalmente, você precisa amar muito isso. Estamos só começando, considero Blasé uma introdução, porque ela apenas dá pistas do que ainda está por vir este ano”, conta.
‘Blasé’ é envolvente e cheia de beats e teclas de piano elétrico que hipnotizam e convidam para o corpo mexer, mas também é contemplativa e com quebras rítmicas inusitadas e descoladas. Questionado sobre suas influencias e referencias, Vinícius diz: “Na parte sonora, eu queria um som que não soasse parecido ao pop nacional, que fosse um pouco diferente, eu busquei sonoridades latinas, e referências no hip hop e r&b para me introduzir ao cenário pop nacional de uma forma diferente.
O artista também traça um paralelo entre música e sentimento quando confidencia que a canção também se trata de um desabafo. “Tinha algo que estava mal resolvido dentro de mim que eu precisava falar para uma pessoa e acabei usando a música para isso. Eu acredito que as canções que mais tocam, são aquelas que vem desse lugar real, honesto, de vulnerabilidade artística”.
Vinícius, primeiro artista lançado pelo POPline, que atua no mercado musical há 16 anos, fará uma série de lançamentos pelo selo Toca Discos, com distribuição digital da Altafonte. Sobre a parceria, ele traz detalhes. “Nos conhecemos há muitos e muitos anos através de amigos em comum. Eu sempre mostrava as coisas que eu estava fazendo para eles como amigos mesmo. Até que um dia começamos a trabalhar em uma música, depois em outra e assim foi. Nossa parceria foi aos poucos crescendo e se transformou nesse trabalho intenso e fértil que está apenas começando”, relembra.
Música como memória afetiva
Vinícius conta como e quando surgiu o interesse pela música e conta que a arte sempre esteve presente na sua vida. “Na realidade eu não me lembro da minha vida antes da música. As minhas memórias mais antigas estão atreladas de alguma forma ao som ou à arte. E já percebia com 4, 5 anos que a minha relação com a música era diferente de tudo. Era como se a música fosse minha melhor amiga, me toca de uma forma inexplicável, é algo que transcende as palavras”.
O cantor é descrito como um musicista bastante plural. Exemplo disso são referências de The Weekend a Furacão 2000. “Um pouco de tudo. Tenho uma música que vai ser lançada exatamente misturando essas duas sonoridades, um funk com beat moderno, carioca, como sonoridade dos anos 80, meio obscuro que bebe na mesma fonte que alguns dos trabalhos do The Weekend”, explica.
Além disso, a arte de Vinícius, que tem em Blasé apenas o início de uma longa jornada, só é completa ao incluir a forma como ele insere o Rio de Janeiro e as vivências pessoais em suas composições, além da importância do piano em tudo que ele faz. “O Rio de Janeiro é um lugar que aprendi a amar. É meu lugar de fala, de vida, onde estão minhas histórias, personagens que conheci, enfim, que abriga imagens da minha vivência. É onde sinto que me encaixo e o Rio me dá força e tem um poder em minha música”, comenta Vinícius. (Especial para O Hoje)