Ao longo de quase 40 anos, um grupo de 94 ex-estudantes da escola Colonia High School, do estado norte americano de Nova Jersey, desenvolveram casos raros de tumor cerebral. A descoberta foi de um ex-aluno chamado Al Lupino, que assim como as dezenas de colegas, já havia sido diagnostico com câncer. Segundo ele, os casos da doença ocorreram em pessoas que frequentaram o local entre 1975 e 2014.

O ex-aluno decidiu investigar o histórico dos casos na escola depois que a esposa e a irmã dele foram diagnosticadas com o mesmo tumor do qual ele tinha se curado na década de 1990. Ambas também frequentaram a mesma escola — a Colonia High School. Sua irmã, que não teve identidade revelada, falência em decorrência da doença aos 44 anos.

Em cerca de seis semanas, Al Lupino já tinha descoberto quase 100 egressos da escola que também adoeceram. “O que eu acho alarmante é que há somente uma ligação ambiental para tumores primários e é radiação ionizante”, contou Lupiano ao canal americano CBS News. “Não é água contaminada. Não é o ar. Não é algo no solo. Não é algo feito por nós por péssimos hábitos.”

Após a descoberta de Lupiano, o prefeito da cidade de Woodbridge, John McCormac, e outras autoridades locais autorizaram uma busca por algo que possa estar levando ao desenvolvimento de tumores em ex-alunos da escola.

“Pode haver um problema real aqui, e os nossos moradores merecem saber se há algum tipo de perigo. Estamos todos preocupados e queremos chegar à chave disso. Definitivamente, isso não é normal”, afirma McCormac.

A escola, que hoje tem 1.300 alunos matriculados, foi construída a 19 km de um campo usado pelo governo dos Estados Unidos para a manipulação de urânio para o desenvolvimento de bombas atômicas, segundo Lupiano. Os armamentos são relacionadas ao conhecido projeto nuclear Manhattan.