Por Elysia Cardoso

Ao longo da vida, o ser humano passa por diversas fases e nos deparamos com inúmeras condições, incluindo diversas doenças. Entre elas está um grupo pouco falado, as doenças hipocinéticas, más condições na saúde humana, causadas por hábitos inapropriados, como sedentarismo, alimentação ruim, falta de exercício físico e descanso apropriado.

De acordo com o Bruno Vial, médico do Grupo Said, empresa de cuidadores de idosos, entre as enfermidades presentes nesse grupo estão: aterosclerose, processo de formação de placas nos vasos por acúmulo de gordura, cardiopatias, anomalias no coração, colesterol elevado que limita o fluxo do sangue, obesidade, ganho de peso excessivo e sarcopenia, que é a perda de massa muscular.

Quando falamos sobre essas doenças em idosos, precisamos levar em consideração que a fase em que vivem já traz algumas limitações e dificuldades no corpo, o que dificulta os tratamentos e que precisam de cuidados mais especiais.

“É importante ressaltar que essas doenças não surgem de uma vez, elas são resultados de um longo período de hábitos ruins, que em um determinado momento trazem consequências negativas no corpo, pois já não suportam o que estão recebendo, ou seja, alimentos industrializados, sedentarismo, sono inadequado, entre outros”, conta Vial.

Prevenção 

Por fim, o médico afirma que é possível sim prevenir as doenças hipocinéticas, mas que elas precisam começar cedo, pois é uma prevenção de longo prazo. Ou seja, desde jovens é importante se conscientizar do consumo de alimentos orgânicos, práticas de exercícios físicos, mesmo que seja uma simples caminhada, e o descanso de 8 horas por noite, que é o indicado.

Em todo o mundo, pelo menos 1,4 bilhão de adultos estão se colocando em risco por causa do baixo tempo gasto com atividades físicas, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde publicado na revista científica Lancet Global Health.

As diretrizes de atividade física recomendadas pela OMS são as seguintes: adultos saudáveis ​​devem fazer pelo menos duas horas e meia de atividades de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade de intensidade vigorosa  por semana, além de pelo menos dois dias de fortalecimento muscular.

O novo relatório descobriu que, em todo o mundo, 32% das mulheres e 23% dos homens não se exercitam o suficiente, mesmo quando contabilizam o tempo gasto caminhando, andando de bicicleta até o trabalho e as atividades físicas no trabalho.