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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Cultura do sertão

Alceu Valença se apresenta em Goiânia em um festival que une música à alta gastronomia

Rodrigo Leão trabalha com churrasco de forma profissional desde 2016.

Postado em 28 de abril de 2022 por Redação

Por Lanna Oliveira

Acumulando décadas de carreira, álbuns premiados e canções inesquecíveis, o pernambucano Alceu Valença é um dos maiores ícones da música brasileira. E para a alegria dos goianos, ele se apresenta hoje, quinta-feira (28), no evento ‘The Chefs Festival’. O show ocorre na Esplanada Oscar Niemeyer, com repertório digno de músicas como ‘La Belle de Jour’, ‘Tropicana’, ‘Como dois animais’, ‘Pelas Ruas que Andei’ e, é claro, o sucesso atemporal ‘Anunciação’. O intuito da programação é unir música da melhor qualidade e alta gastronomia com preços acessíveis.

Nascido em São Bento do Una em 1946, Alceu Valença apresenta em seus trabalhos importantes elementos da cultura do nordeste profundo. Seja pelo canto dos aboiadores, emboladores, violeiros e cantadores de feira ou pelas toadas, baiões, xotes e rojões, cantigas de cego, tocadores de sanfona de oito baixos e os poetas de cordel. Em mais de cinco décadas ele alcançou gerações e anunciou, sem trocadilhos, a pluralidade da cultura nacional. Passeia pelo forró, maracatu, frevo e também pela MPB e o rock.

O artista transgressor usou da sua mente genial para criar algo que é ainda hoje inovador. Ele, inclusive, foi um dos pioneiros nos anos 1970 quando inseriu a guitarra elétrica no som das músicas nordestinas. A experimentação continuou nos trabalhos seguintes, influenciada também por artistas como Zé Ramalho, Lula Côrtes, Paulo Rafael e Zé da Flauta, Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Gilberto Freyre. Nos anos 1980 o sucesso chegou de vez, vendendo milhões de cópias e anos depois aqui estamos, exaltando a referência de Alceu.

Apesar de tantos anos de carreira, reconhecimento, e aclamação pública, em entrevista ao Essência, o pernambucano dono de uma sonoridade inconfundível, diz que o ponto alto da sua trajetória é hoje, já que vê sua plateia se renovando a cada dia. “É sempre gratificante ver o público se renovar, encontrar uma nova geração misturada a fãs de outros tempos. Por exemplo, na semana passada cantei no Rock The Mountain, em Itaipava, no Rio. Um grande festival, moçada antenada, uma atmosfera mágica”.

E por falar em moçada, Alceu está atento ao que tem surgido na música. “Tenho visto uma turma muito boa surgindo em Pernambuco: Almerio, Martins, Isabela Moraes, Juliano Holanda, são talentos genuínos. Hebert Azzul, que tocou comigo, está preparando um álbum autoral bastante elaborado. Também aponto os novos trabalhos de Ceceu e de Juba, não por serem meus filhos, mas pelo compromisso com a identidade musical brasileira”, revela. Ele complementa analisando o mercado de hoje como mais difícil para um jovem artista emplacar um sucesso. “Em compensação a possibilidade de interação com seu público é crescente”, diz.

Desde o início desenvolveu uma musicalidade própria, nunca foi influenciado por modismos ou seguiu a cartilha ditada pela indústria. Talvez por isso continue sendo referência para a cultura nacional. A constatação é a música ‘Belle de Jour’ possuir mais de 220 milhões de visualizações, sua agenda de São João toda fechada e sua turnê pela Europa ainda este ano. Em resumo, Alceu Valença é um ícone da música popular brasileira e um dos maiores representantes da cultura nordestina como um todo, passando pelo forró, baião, maracatu, frevo, MPB e rock.

Além dos shows na Europa o artista adianta ao Essência que ainda este mês ele lança ‘Alceu Valença e Paulo Rafael’, álbum em que canta e toca violão acompanhado pela viola e a guitarra do seu grande parceiro Paulinho, que nos deixou recentemente. “Ainda este ano lanço também o audiovisual ‘Valencianas 2’, onde me apresento com a Orquestra Ouro Preto. Foi gravado no Porto, em Portugal, e sai no segundo semestre”.

E por fim, ele finaliza a entrevista expondo seu carinho pela capital goiana, incluindo uma música feita por ele. “É sempre uma alegria voltar a cantar em Goiânia, cidade em que me apresento desde a década de 70. Tenho até uma música em que cito Goiânia, chamada ‘No Tempo em que me querias’. Volta e meia estou por aqui. Quero ver todo mundo lá no show, devidamente vacinado, para cantar junto comigo”, encerra.

The Chefs Festival

Música brasileira da melhor qualidade acompanhada da alta gastronomia com preços acessíveis, essa união você encontra no The Chefs Festival. Além do show de Alceu Valença, serão oito estações gastronômicas com variedade de pratos, como: ceviche, carne louca peruana, pizza, sanduíches artesanais, American BBQ com carnes de PIT, sobremesas, doces de pote, massas, comida japonesa e muito mais. Uma das estações será a do mestre churrasqueiro, Rodrigo Leão, que leva para o evento um pouquinho da essência do bar Glorioso e do Leão BBQ.

O mestre é o responsável por dois pratos desenvolvidos especialmente para o evento, a maminha defumada e a picanha grelhada com vegetais na brasa e gremolata. “A gente elaborou esse prato para mostrar que a alta gastronomia pode sair de uma churrasqueira, com um prato cheio de sabor e requinte”, conta Leão. As sobremesas também farão a alegria dos paladares apaixonados por doces, sendo que uma das estações é assinada pela chef Isabella Porfírio, responsável pela Isa Porfírio Confeitaria. “Quero poder além de levar minhas delícias para adoçar a noite do público presente, representar todas as confeiteiras da cidade”, diz Porfírio.

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