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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Acolhimento

Vítimas de violência sexual e domésticas são acolhidas na Sala Lilás

De janeiro a março, 9.232 casos de violência doméstica foram registrados, 16 mulheres foram assassinadas e outros 67 estupros. O objetivo da Sala Lilás é humanizar o atendimento às vítimas de violência de gênero

Postado em 25 de maio de 2022 por Sabrina Vilela

Dados da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP – GO) apontam que nos primeiros três meses de 2022, 100 mulheres sofrem violência doméstica e ainda a cada cinco dias uma mulher é morta em Goiás. De janeiro a março, 9.232 casos de violência doméstica foram registrados, 16 mulheres foram assassinadas e outros 67 estupros. 

Os dados podem ser ainda maiores, tendo em vista que esses são apenas os que chegaram a ser notificados e ainda existem pessoas que sofrem em silêncio sem a chance de se defender. As dores vividas pelas vítimas além de físicas são emocionais e merecem atenção e acolhimento necessário. 

O objetivo da Sala Lilás disponibilizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES – GO) é  humanizar o atendimento às vítimas de violência que vão até ao Instituto Médico-Legal (IML) para realizar a perícia médica. O espaço presta atendimento à violência sexual e doméstica e atende também crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. As salas foram instituídas em novembro de 2019, como ferramenta de humanização no combate à violência contra a mulher e crianças.

As vítimas recebem acolhimento psicológico, encaminhamento ao exame de corpo de delito, avaliação de enfermagem, atendimento de assistente social e posterior encaminhamento aos acompanhamentos necessários.

1.166 em Goiânia e Aparecida

Até abril deste ano, 183 em Goiânia  e  258 em Aparecida de Goiânia. Em geral, logo após o registro do boletim de ocorrência, a pessoa já é encaminhada para a Sala Lilás. Também são atendidas crianças e adolescentes que sofrem com algum tipo de violência. 

Na Sala Lilás, os profissionais da Saúde entram em ação para o acolhimento dessas vítimas. São enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos e assistentes sociais prontos para uma escuta qualificada da vítima. Eles orientam quanto aos cuidados em saúde e, posteriormente, direcionam as pessoas em situação de violência para os acompanhamentos necessários.

O lugar usado para atendimento à violência sexual e doméstica atende também crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. Por isso, o lugar foi equipado com móveis e brinquedos, e até as paredes receberam pintura especial na cor lilás e roxa, com imagens e frases.

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