Escolas e universidades mantêm recomendação de máscaras
Universidades e escolas de ensino básico de Goiânia ainda permanecem com a exigência de máscaras para evitar proliferação do vírus
Mais de 26 mil vidas foram perdidas em Goiás por causa da pandemia de Covid-19 que assolou o mundo todo. Mas, com o avanço da vacinação e um conhecimento melhor da doença, houve flexibilização das medidas por parte do Estado e das prefeituras no início deste ano que permitiu que o uso de máscaras fosse facultativo até mesmo em locais fechados. Contudo, instituições de ensino superior e básica de ensino resolveram permanecer com o uso obrigatório de máscaras em alguns dentro dos prédios.
A diaristaVagna de Jesus Nascimento é mãe de Lucas,9, e Rebeca, 6, as crianças tiveram Covid-19 em março assim que retornaram às aulas presenciais na escola municipal. “Meus filhos e meu marido pegaram a doença, mas eu não tive sintoma nenhum. Acredito que elas possam ter pegado do pai, mas não dá para saber”, conta.
Vagna teve medo do retorno das aulas presenciais por causa da doença. “Fiquei com medo das crianças pegarem e ficarem ruins. Porém, eles acabaram pegando e eu já pedi para que eles usassem máscara sempre, que tivessem distanciamento e a higiene”. Segundo ela, houve relatos de outras crianças que pegaram Covid-19 após o retorno das aulas presenciais, mesmo com cuidados da escola. “A escola exige que as crianças usem máscara”.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação (SME) referente a dados de crianças e professores que pegaram a doença após o retorno, mas até o final da edição não obtivemos resposta.
A Universidade Federal de Goiás (UFG) retomou as aulas 100% presenciais ontem (25), mas com medidas para evitar contaminações. O retorno era para ter acontecido em janeiro de 2022, mas com o aumento de casos e novas variantes a universidade resolveu adiar a volta às aulas. Em março, o retorno foi parcial e os alunos estavam ainda com aulas híbridas, algumas remotamente e outras presencialmente.
Porém, a preocupação ainda é grande para que o vírus não se espalhe visto que a instituição comporta mais de 25 mil alunos. Por isso, ao longo das primeiras semanas de aulas a universidade irá promover campanha de vacinação para a comunidade universitária colocar em dia o calendário. Também será oferecido teste-rápido de Covid-19 das 8h às 16h.
A estudante de letras da UFG, Pâmella Maria Carneiro concorda com as medidas a serem tomadas pela instituição. “Eu achei necessárias pois todas tem que estar vacinadas e o uso de máscaras nas aulas vai ajudar a não aumentar os casos dentro da universidade”.
Mesmo com o retorno, Pâmella não teve medo justamente pelas medidas impostas. “Antes do retorno pensaram muito antes sobre como iria ser e quais seriam as melhores formas de retomar com segurança, então eu acho que vamos estar seguros e tendo uma educação de qualidade”, conta a estudante que já tomou as duas doses da vacina.
A discente de biblioteconomia da UFG, Natália Goes também acredita que as medidas de fazem necessárias neste momento. “Eu acho que eles fazem bem em voltar e estão seguindo os protocolos estabelecidos pelo governo”.
Natália já tomou todas as doses da vacina e estava aguardando o retorno com expectativa visto que seu rendimento nas aulas online não estavam bons. ” Eu prefiro presencialmente, porque estava difícil o ensino remoto. O aprendizado não é o mesmo quando se estuda de casa, estava precisando voltar”, desabafa.
Em entrevista coletiva, a reitora da UFG, Angelita de Lima, afirmou que alguns cuidados seguem vigentes. “Uso de álcool em gel, ventilação de salas e máscaras ainda são importantes. Ainda permaneceremos, permanentemente, realizando diagnósticos e manteremos uma sala de imunização permanente na faculdade de enfermagem”, disse.
Segundo Angelita, o momento certo para o retorno é agora, mas ainda é necessário reforçar a segurança para que o método seja mantido. “Hoje é um dia extremamente importante para nós, após dois anos e dois meses de atividades on-line poder voltar plenamente ao trabalho presencial é muito bom, por isso reforçamos todas as recomendações de medidas de segurança para que possamos permanecer no campus. Precisamos manter a energia e a segurança, seguindo as normas”.
“Recomendamos fortemente a permanência do uso de máscaras, principalmente em ambientes fechados, e faremos o trabalho de conscientização e preparação da comunidade acadêmica para que isso ocorra. Distribuímos máscaras a estudantes de baixa renda, oferecemos álcool em gel e criamos condições nas salas de aula para que se tenha ventilação e para que percebam que devemos criar um ambiente seguro”, afirmou.
As vacinas são ministradas segundo orientações e cronogramas estipulados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que participou da campanha com a Van da Vacina, no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, no Câmpus Samambaia. No Câmpus Colemar Natal e Silva, Setor Universitário, a imunização será na Sala de Vacinas da Faculdade de Enfermagem (FEN) da UFG.
Já o teste rápido de antígenos para a covid-19 será feito no Centro Cultural UFG (CCUFG), no Câmpus Colemar, e também no Centro de Cultura e Eventos, no Câmpus Samambaia. A universidade irá exigir comprovante de vacinação.
De acordo com o informe da UFG a comprovação da vacinação deverá estar em conformidade com o ciclo vacinal, de acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra Covid-19, do Ministério da Saúde (MS). Os colaboradores terceirizados deverão apresentar o comprovante às empresas contratadas pela UFG.
Serão considerados comprovantes de vacinação contra a covid-19 os seguintes documentos oficiais: comprovante, caderneta ou cartão de vacinação impresso em papel timbrado, emitido no momento da vacinação por instituição governamental brasileira ou estrangeira; e Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, do Ministério da Saúde, disponível na plataforma do Sistema Único de Saúde (SUS), Conecte SUS.
A Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC -Goiás), começou com as aulas presenciais no início do ano já com medidas de segurança. Em nota, a universidade informou que “tem uma grande circulação e convivência de pessoas, inclusive daquelas que o Decreto reconhece como merecedoras de maior cuidado. Por isso, a PUC Goiás recomenda a toda a comunidade acadêmica (estudantes, professores, funcionários) e aos prestadores de serviços e visitantes, que continuem utilizando regularmente a máscara de proteção facial em todos os ambientes da Universidade”.