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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
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Saúde

Protetor solar: protege do sol, mas faz mal à saúde? Dermatologista goiana explica

Recentemente, a internet tem levantado discussões sobre o potencial tóxico do uso do filtro solar. Alguns protetores solares contêm ingredientes químicos em suas composições como a avobenzona, oxibenzona, octocrileno, homosalato, octisalato e octinoxato, que já foram relacionados a problemas de saúde.

Postado em 2 de junho de 2022 por Ana Bárbara Quêtto

Recentemente, a internet tem levantado discussões sobre o potencial tóxico do uso do filtro solar. Alguns protetores solares contêm ingredientes químicos em suas composições como a avobenzona, oxibenzona, octocrileno, homosalato, octisalato e octinoxato, que já foram relacionados a problemas de saúde, como interrupções hormonais, câncer, além de alterações no fígado e nos rins; quando encontrados em grande quantidade.

Em um recente estudo, conduzido pela Agência Federal de Comidas e Drogas dos Estados Unidos (FDA), verificou-se que a aplicação de protetor solar em doses usadas no dia a dia excede o limite estabelecido (0.5 mg/mL) pelo FDA, que antes da pesquisa isentava a necessidade de estudos sobre as toxidades da barreira solar.

Em entrevista ao O Hoje, a dermatologista Paula Azevedo, especialista em rejuvenescimento e beleza, explica como se proteger dessas toxinas e ainda utilizar o protetor. “A primeira dica é usar o protetor solar que já tenha passado pela Anvisa. Hoje em dia, com essa facilidade de importação, as pessoas encontram produtos contrabandeados, ou então compram pela internet, e muitas vezes não sabem a procedência deles”, conta a médica.

De acordo com o estudo da FDA, ainda não há necessidade de suspender o uso do produto. Ainda assim, existem dados, de estudos de bancada, que protetores solares podem estar relacionados com disfunções endócrinas várias e distúrbios do desenvolvimento.

Protetor solar faz mal?

A médica afirma que a Sociedade Brasileira de Dermatologia acredita que os benefícios da proteção solar são muitos maiores do que os possíveis riscos, ainda não totalmente confirmados. “É importante sim o uso correto, na quantidade adequada e na repetição adequada. As análises são cheias de viés, informações que não são 100% garantidas”, alerta a doutora.

A questão não é somente a absorção dessas toxinas, mas sim o efeito delas somadas ao tempo, a quantidade e a outras inúmeras exposições de risco baixo, como poluição ambiental, alumínio, parabenos, obesidade, cigarro, sedentarismo e alimentos ultraprocessados. Dessa forma, pequenas ameaças, como essa, se transformam numa manifestação clínica bem estabelecida.

A Dra. Paula revela ao O Hoje que existem duas classes de filtros solares, os de barreira e os químicos. “Se a pessoa possui alguma alergia ou quer evitar alguma forma de absorção na pele, ela pode usar os filtros físicos (de barreira), como as roupas com proteção UV, por exemplo chapéus e óculos”, disse.

Diferentes tipos de filtros solares

Ao ser perguntada se os filtros de barreira podem substituir os filtros químicos, a dermatologista disse que sim, tendo em vista a balança do custo-benefício. “Conseguem sim, e com vantagens. Com o protetor solar você nunca vai conseguir uma aplicação uniforme em cima da sua pele, a espalhabilidade não é 100%. Já a roupa, ela cobre completamente o local. Além disso, a roupa não precisa ser reaplicada, como o protetor. Agora, é preciso proteger as partes que não forem cobertas”, reforça.

Para a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o fotoprotetor ideal deve ampla absorção UVA e UVB, não ser irritante, ter certa resistência à água e não manchar a roupa. De acordo com a Dra. Paula, o filtro solar perfeito é aquele que tem a indicação precisa. “Existem protetores solares para vários tipos de pele, peles secas, peles oleosas, para diversas profissões, ou então para crianças”, concluiu.

Para saber qual deles é o melhor para você, consulte o seu dermatologista. evitar os malefícios da exposição solar – como o câncer de pele e manchas – é imprescindível evitar a exposição solar das 10h às 16h, período em que a incidência da radiação do sol é mais alta.

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