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domingo, 22 de dezembro de 2024
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Abastecimento

Nível da vazão do Meia Ponte está próxima do nível de alerta

A orientação é para que as pessoas façam o uso consciente para não ocorrer desabastecimento

Postado em 7 de junho de 2022 por Daniell Alves

A vazão do Rio Meia Ponte está próxima do nível de alerta e acende preocupação neste período sem chuvas. De acordo com o monitoramento da Segurança Hídrica, a média atual é de 12,4 mil litros por segundo (L/s). O primeiro estágio que demanda preocupação considera vazão igual ou menor que 12 mil L/s.

O período de estiagem deve durar por mais quatro meses e o presidente do Comitê da Bacia do Rio Meia Ponte, Fábio Camargo, alerta para o uso consciente das reservas. “Já é hora de começar a orientar para o uso consciente tanto da população quanto do setor produtivo”, aponta.

Isto porque, segundo ele, os níveis dos reservatórios baixam com maior rapidez após 30 dias sem precipitações. “A vazão de hoje é de 12,4 mil L/s e de 12 mil L/s para baixo já é hora de fica atento”.  Contudo, no ano passado, o estado de alerta foi atingido em maio. “Agora estamos em junho e ainda não chegou.” De qualquer forma, a orientação é para que as pessoas façam o uso consciente para não ocorrer problemas de desabastecimento. 

Com a redução nos níveis da vazão, o abastecimento de água pode entrar no segundo nível de monitoramento, que é nível de alerta. Para ser considerado o nível crítico 1, o escoamento é menor ou igual a 5,5 mil L/s; abaixo de 4 mil L/s é caracterizado o nível crítico 2; abaixo de 3 mil L/s, nível crítico 3 e escoamento menor que 2 mil L/s, nível crítico 4.

O presidente frisa a importância de cada cidadão fazer sua parte. “É importante iniciarmos as medidas de uso consciente, tanto a população quanto o setor produtivo, medidas simples como reutilização da água da máquina de lavar, por exemplo, já ajudam a diminuir o consumo da água tratada. Da mesma forma o setor produtivo que com pequenas mudanças operacionais conseguem reduzir bastante o consumo. Somente com o engajamento de todos passaremos mais esse período sem o fantasma do racionamento”, diz. 

Questões climáticas 

Nos últimos anos, a situação hídrica da bacia tem piorado em decorrência de questões climáticas, colocando em risco condições ambientais, a sociedade e as atividades que dependem das águas. O gerente do Centro de Informações Meteorológicas (Cimehgo), André Amorim, informa que a estiagem deve se prolongar por cerca de cinco meses. “Maio inaugura nosso período de estiagem, que vai até meados de outubro. Apesar disso, em setembro é possível a ocorrência de chuvas no centro sul do Estado”, destaca.

Mesmo que o racionamento seja uma alternativa, a recomendação a orientação das prefeituras é evitar o desperdício de água. São medidas simples como reduzir o tempo no banho, fechar a torneira ao escovar os dentes e varrer em vez de lavar calçadas são medidas simples que podem impactar na conta de energia elétrica.

Seca

Em 2019, o Estado passou por uma das piores secas da história e os bairros tiveram que passar por rodízio de água para não ocorrer o desabastecimento. À época, o baixo volume nos rios que abastecem Anápolis deixaram diversos bairros sem água, prejudicando, inclusive, a captação do Distrito AgroIndustrial de Anápolis. Desse modo, a Secretaria do Meio Ambiente (Semad) precisou promover ações contínuas e emergenciais para que a vazão do Rio Meia Ponte não ficasse abaixo dos 1.500 litros por segundo, volume crítico 4 para o início do racionamento. 

Menos desperdício 

Goiânia ocupa 1º lugar no ranking das capitais brasileiras com menor índice de perdas de água, aponta estudo do Instituto Trata Brasil. Goiás é o estado que menos perde água na distribuição em todo o País, com 27% de perdas. Na Capital, o índice é de 18%.

O Instituto classifica Goiânia em “padrões de excelência”, e aponta que a perda de água na distribuição é menor do que a de cidades da Europa e da Ásia. Segundo o estudo, Aparecida de Goiânia também está em destaque, com 22%. A título de exemplo, os índices de Londres e Hong Kong são de 28% e 25%, respectivamente. (Especial para O Hoje).

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