Após reajuste nos combustíveis, caminhoneiros prometem greve
A associação que representa a categoria disse que a greve se tornou ainda mais provável após novo aumento no preço dos combustíveis.
Após reajuste nos preços dos combustíveis, caminhoneiros prometem uma greve da categoria. Em nota a imprensa, a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (ABRAVA) afirmou que o “Brasil deve parar novamente”. O reajuste aumentou em 14,25% o preço do diesel e 5,18% o da gasolina.
“A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente, se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve, é o mais provável”, disse a associação.
O aumento no diesel ocorreu 39 dias depois do último reajuste, de 8,8%. Já a gasolina estava há quase cem dias sem aumento, quando subiu 18,7%. Agora, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Para o diesel, o valor subiu de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro.
A associação, liderada por Wallace Landim, o Chorão, diz que o aumento se deve à política de preços da Petrobras que vem causando “caos econômico” na sociedade. Para ele, um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, não ter reestruturado a política da empresa foi a “grande falha e incompetência do Governo Bolsonaro”. As críticas também são direcionadas o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“O Ministro apelidado de posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema é o grande culpado deste caos, e hoje chegamos nesse ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de diesel. Bolsonaro precisa entender que ficar dando “xilique” não vai resolver o problema”, afirmou.
“Os caminhoneiros autônomos tem 3 grandes contas para pagar: 1º A nossa casa, (aluguel, comida, luz, água e etc.), 2º o Diesel (sem ele o caminhão não anda), 3º a manutenção do caminhão, essa terceira conta não está sendo paga, colocando em risco sua própria vida e a de terceiros. O caminhoneiro estão sendo esmagado pela inflação e pela alta do diesel”, finalizou.