Mandado de prisão de Milton Ribeiro determinou transferência para Brasília
O mandado de prisão expedido pelo juiz federal Renato Borelli contra o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, determinou que ele fosse levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A audiência de custódia pela manutenção ou liberação do investigado ocorrerá na quinta (23), às 14h. Milton foi preso em Santos, litoral paulista, durante operação […]
O mandado de prisão expedido pelo juiz federal Renato Borelli contra o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, determinou que ele fosse levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A audiência de custódia pela manutenção ou liberação do investigado ocorrerá na quinta (23), às 14h.
Milton foi preso em Santos, litoral paulista, durante operação da Polícia Federal (PF) que também prendeu o pastor goiano Gilmar Santos, que é ligado ao presidente Bolsonaro (PL). A ação ocorreu nesta quarta (22) e apura a prática de “tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos” no Ministério da Educação (MEC). Ela tem como base relatório e depoimentos da Controladoria-Geral da União..
Vale citar, a PF realizou nesta manhã a Operação Acesso Pago contra os suspeitos de operarem um balcão de negócios no MEC e na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), conforme revelou a Folha. A corporação cumpre cumpre mandados de busca e apreensão em endereços de Ribeiro e dos dois pastores suspeitos de lobby no Ministério.
Operação que resultou a prisão
A PF realiza desde o começo da manhã a Operação Acesso Pago contra os suspeitos de operarem um balcão de negócios no MEC e na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), conforme revelou a Folha. A corporação cumpre cumpre mandados de busca e apreensão em endereços de Ribeiro e dos dois pastores suspeitos de lobby no MEC.
Ao todo, são 13 mandados de busca e apreensão e cinco de prisões. Os municípios alvos são: Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.
Relembre
Em março, a Folha de S.Paulo revelou um áudio que mostrava um suposto gabinete paralelo no Ministério da Educação, no qual Ribeiro dizia atender uma solicitação de Bolsonaro para priorizar a liberação de verbas a prefeitos que negociavam com Gilmar Santos e com o também pastor Arilton Moura – não foi informado se ele foi detido.
“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar […] porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender todos os que são amigos do pastor Gilmar”, dizia trecho da conversa.
Em um dos casos, os pastores teriam pedido 1 kg de ouro para liberação de verba no MEC. Prefeitos também relataram outras demandas de propina.
Posicionamentos de Milton Ribeiro e Santos
Vale lembrar, logo após o vazamento dos áudios, Milton Ribeiro pediu demissão e negou envolvimento de Bolsonaro. Além disso, afirmou que as solicitações à pasta iam para avaliação técnica.
Os pastores negaram qualquer irregularidade. Gilmar disse: “Afirmo categoricamente à sociedade brasileira que nunca houve de minha parte interferência nas relações institucionais do MEC, para com os entes municipais, seja diretamente, com seus representantes legais, ou indiretamente, por delegatários de qualquer ordem. Assim, também, é repugnante a Fake News de que sou lobista, e, com isso, atuaria no afã de receber verba pública conforme noticiado em diversos veículos de comunicação.”
Vale citar, Gilmar é presidente, em Goiânia, da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros de Assembleias de Deus no Brasil Cristo para Todos. O Jornal O Hoje tentou novo contato com o religioso, por meio do perfil oficial dele no Instagram (que poderia ser administrado por terceiros), mas não teve retorno.