Vereador de Formosa é afastado após denúncias de associação criminosa e falsidade ideológica
Acinemar teria informado falsamente nos pedidos de diária que estaria com o presidente da Casa e omitiu na prestação de contas o que realmente teria ocorrido, acobertando o seu superior
O vereador de Formosa Acinemar Gonçalves Costa (Podemos) foi afastado do cargo por 180 dias e deve usar de tornozeleira eletrônica, por determinação da Justiça. A decisão ocorreu após denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) que alega supostos desvios de recursos públicos ocorridos na Câmara Municipal, por meio de pagamento ilegal e fraude em diárias de viagens oficiais.
O parlamentar foi denunciado por associação criminosa, falsidade ideológica e peculato, juntamente com o ex-motorista da Câmara de Vereadores Arley Rodrigues D’Abaddia e o ex-procurador do Legislativo municipal João Marcelo Hamú Opa Silva.
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O promotor de Justiça Douglas Chegury, titular da 1ª Promotoria de Justiça da comarca, denunciou os três envolvidos em razão de fraudes no pagamento de diárias da Câmara no final de junho deste ano, tendo a denúncia sido recebida pela 3ª Vara Criminal de Formosa nesta segunda-feira (4/7).
Segundo ele, as investigações começaram no primeiro semestre de 2021, com o objetivo de apurar desvios de recursos públicos pelo pagamento ilegal de diárias. Com a quebra do sigilo bancário dos denunciados, verificou-se diversos pagamentos de diárias relativos a viagens para Goiânia, em especial em benefício de Acinemar e Arley, sendo que eles não saíram do município.
Flagrante
O então procurador da Câmara, João Marcelo, também foi flagrado em uma das fraudes, de acordo com o promotor. Conforme a denúncia, Acinemar, inclusive, teria informado falsamente nos pedidos de diária que estaria com o presidente da Casa e omitiu na prestação de contas o que realmente teria ocorrido, acobertando o seu superior.
Na denúncia ainda consta que além de não se deslocarem aos destinos informados, Acinemar recebia parte dos valores pagos a seu assessor e ao ex-motorista da Câmara Arley. A investigação verificou que os valores eram creditados na conta do filho de Acinemar. Práticas similares foram constatadas durante o monitoramento realizado pela promotoria local. A