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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Absurdo

Fonoaudióloga é acusada de abusar e torturar crianças autistas

A Polícia Civil de São Paulo investiga algumas denúncias feitas por mães de crianças da cidade de Duartina, no interior do estado, que alegaram agressões e abusos supostamente praticados por parte de uma fonoaudióloga de uma escola local. A profissional se referia às crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) como “filho da puta”, “demônio”, […]

Postado em 14 de julho de 2022 por Lorenzo Barreto

A Polícia Civil de São Paulo investiga algumas denúncias feitas por mães de crianças da cidade de Duartina, no interior do estado, que alegaram agressões e abusos supostamente praticados por parte de uma fonoaudióloga de uma escola local.

A profissional se referia às crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) como “filho da puta”, “demônio”, “chato”, “insuportável”, entre outros termos. O G1 teve acesso às cópias das conversas que fazem parte da investigação. “Cagou minha sala inteira. Filho da p***”, disse. Em outra, escreveu: “Demônio chegou”.

Uma ex-funcionária fez vídeos, fotos e áudios das agressões feitas plea fonoaudióloga. A mulher decidiu fazer a denúncia na polícia quando viu uma das crianças receber um tapa no rosto. O celular da ex-funcionária foi apreendido para perícia do material gravado. O laudo deve ficar pronto nesta semana. O delegado responsável pelo caso, Paulo Calil, afirmou que também apura se foi praticado o crime de tortura.

“Não houve ainda sequer a constituição formal de inquérito policial, de modo que todas as informações referentes às denúncias devem ser analisadas com cautela e prudência, tanto em respeito à pessoa das acusadas como às supostas vítimas”, afirma a defesa da acusada.

Uma mãe disse que filho de 3 anos atendido pela fonoaudióloga relatou que a “tia” tocava em seu órgão genital. “Onde a tia pegava e colocava a mãozinha?”, questionou a mãe em vídeo enviado ao G1. A criança respondeu “Aqui” e apontou para a fralda.

Outra mãe, denúncia, que o seu menino diagnosticado com autismo severo, recebeu um tapa na boca ” “É muito difícil, eu sei de onde o meu filho veio, sei o que ele passou pra chegar onde está. É uma criança que não sabe falar, que não sabe se expressar. Ele é extremamente vulnerável. O tapa doeu muito mais em mim. Desumano”, disse a mulher.”

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