Campanha de Bolsonaro projeta encostar em Lula nas pesquisas em agosto
Com a PEC Kamikaze, projeção anterior era empatar com o petista em Maio.
Após diversas previsões frustradas, a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) refez os cálculos e projeta encostar no ex-presidente Lula (PT) nas pesquisas já em agosto, estando no limite da margem de erro.
No último mês de março, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, previu empate entre os dois primeiros colocados na corrida eleitoral já em maio, porém, os planos foram frustrados. Após isso, a previsão era alcançar Lula ainda em julho.
Em seguida, a meta da campanha era reduzir a rejeição de Bolsonaro abaixo de 40% até o início do segundo semestre, pegando carona na exposição das inserções partidárias do PL e das legendas que o apoiam.
Lula, no entanto, mantém uma constante dianteira de ao menos dez pontos percentuais sobre o presidente na maioria das pesquisas, com chance de vitória em primeiro turno.
Membros da campanha de Bolsonaro reconheceram a dificuldade de projetar o cenário futuro porque o próprio presidente não facilita um planejamento e, com frequência, deixa de ouvir conselhos da equipe que o assessora.
O episódio mais recente foi a reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada onde o presidente repetiu informações falsas sobre a urna eletrônica e o processo eleitoral brasileiro. A campanha avalia que o encontro foi um tiro no pé.
Com o início do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 e com as demais benesses aprovadas pelo Congresso na PEC Kamikaze, a equipe de campanha do presidente se tornou mais otimista sobre um possível empate nas pesquisas.