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sábado, 23 de novembro de 2024
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Tragédia

Pais de bebê de três meses são presos suspeitos de provocar morte da criança por agressões

Gabriel da Silva dos Santos Ferreira e Vitória Carvalho Borges Barria foram condenados por homicídio qualificado da própria filha, Helena Borges Ferreira.

Postado em 26 de julho de 2022 por Victória Vieira

Os pais de um bebê de 3 meses foram presos nesta terça-feira (26/7) após matá-lo com agressões físicas. Gabriel da Silva dos Santos Ferreira e Vitória Carvalho Borges Barria são suspeitos de homicídio qualificado da própria filha, Helena Borges Ferreira. De acordo com policiais da 135ª DP de Itaocara (RJ), a criança já vinha sofrendo várias agressões e apresentava lesões como fraturas de tíbia e fêmur.

A mãe de Helena tinha o conhecimento sobre o que a criança estava sofrendo e será punida pela a ação. Ao que parece, as agressões iniciaram no fim de abril. O bebê teve hematomas pela perna e rosto. Em um curto período de tempo, Vitória levou a filha ao hospital de Itaocara e foi alertada diversas vezes que Helena estava sofrendo agressões.

Em uma das situações vividas pela criança na Casa de Saúde Pio XII, em Santo Antônio de Pádua, o médico responsável pelo atendimento, Marcelo da Silva Lima Dias, havia dito a mãe sobre o risco da fratura evoluir para morte, caso não fosse feita a imobilização. Entretanto, Vitória não cumpriu as recomendações do médico.

“Após o bebê sofrer fraturas na tíbia e no fêmur, o médico orientou a mãe sobre a necessidade de mobilização, mas foi inerte, não levou a criança para ser imobilizada. A evolução dessa conduta pode ter culminado na morte da criança”, explicou o delegado Carlos Augusto Guimarães da Silva.

O laudo médico aponta que a criança sofreu contusão abdominal com lesão hepática, lesão do pâncreas e hemorragia peritonial e retroperitoneal, além de contusão do crânio com edema cerebral provocados pela agressão.

Foi na última sexta-feira (23/7), quando a menina deu entrada no Hospital de Itacoatiara. Helena chegou sem respirar, os enfermeiros tentaram realizar manobras de reanimação, porém, não deu certo. O médico plantonista da unidade Raphael Santiago Dias, não emitiu atestado de óbito e chamou a polícia. Ao informar sobre a morte da menina para o pai, ele relata que achou estranho o comportamento “frio” de Gabriel ao receber a notícia.

Em resposta, Gabriel negou as agressões e disse que as manchas roxas no corpo da criança eram consequência de anemia e infecção urinária. 

Os depoimentos de fontes próximas ao casal dizem que o Gabriel era conhecido por ter um “temperamento difícil”. A madrinha da criança, Michelli Correa de Oliveira Souza, foi impedida de conversar com a afilhada após saber das lesões em Helena. Ela disse que o bebê começava a chorar muito e as machas pelo corpo apareciam sempre depois que ela ficava sozinha com o pai. O caso ainda segue sob investigação.

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