João Campos parece estagnado na corrida ao Senado
Há quem diga, nos bastidores, que Mendanha lucrou muito mais com a ida de Campos para a chapa do que o contrário
ANÁLISE – Nos bastidores da política goiana, o comentário é que o nome do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na disputa ao Senado está 100% descartado. Aliados próximos ao tucano não hesitam em afirmar que caso Marconi não invista na disputa ao governo, que o chefe do tucanato deverá buscar uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O objetivo seria puxar os companheiros no voto e garantir mais espaço ao partido no Legislativo. Com a saída de Marconi do páreo pela única cadeira goiana no Senado, algumas mudanças foram percebidas nos indicadores mais recentes. O embalo de alguns nomes, conforme o movimento das peças do tabuleiro político goiano, porém, parece não ter afetado a aparente inércia da campanha de João Campos (Republicanos).
O político, que busca uma cadeira na Casa Alta do Congresso, segue ancorando seu projeto ao segmento evangélico. Experiente que é, Campos, diferentemente de alguns nomes, sempre enxergou com clareza o horizonte político. Quando se lançou candidato ao Senado, por exemplo, conhecia as dificuldades que seriam enfrentadas pelo governador Ronaldo Caiado (UB) em bancar um único nome de sua ampla base — com 11 partidos — ao Senado.
Diante disso, achou mais assertivo pular fora do barco. Campos se aliou ao principal adversário de Ronaldo Caiado — ao menos segundo as pesquisas. Uma vez ao lado do ex-prefeito de Aparecida e candidato ao governo goiano, Gustavo Mendanha (Patriota), Campos garantiu ao seu projeto espaço como candidato único na majoritária. Parte do partido, no entanto, preferiu ficar com Caiado. Há quem diga, nos bastidores, que Mendanha lucrou muito mais com a ida de Campos para a chapa do que o contrário.
Mendanha, que tem parte da comunidade evangélica ao seu lado, não transfere, segundo as mesmas fontes, votos desse segmento a Campos, que por sinal já transita como liderança consolidada em meio aos evangélicos. Em contrapartida, Mendanha ampliou, a partir da chegada do Republicanos, tempo de TV e fundo partidário consideráveis à sua campanha.
Enquanto a saída de Marconi do páreo beneficiou fortemente o nome de Wilder Morais (PL), que ultrapassou Campos e chegou a figurar como segundo colocado em algumas das últimas pesquisas divulgadas, o evangélico se manteve inerte diante dos grandes movimentos da política goiana.
Na primeira rodada da pesquisa Serpes, divulgada pelo jornal O Popular em 15 de julho, quando o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) ainda era cotado para o cargo, João Campos aparecia na quarta posição do ranking com 6,7% das intenções de voto.
Mais tarde, já com Marconi fora da disputa, as peças se movimentaram. O levantamento divulgado pelo portal de notícias Mais Goiás no último dia 24 de julho, por exemplo, mostrou Campos na quinta colocação. O protagonismo ficou para Wilder Morais que saltou de 7,6% para 13%. Campos obteve 4,99% das intenções dos goianos.
Na pesquisa realizada pelo Insituto FoxMappin, do grupo O HOJE , Campos manteve posição e alcançou 6% das intenções de voto. A pesquisa foi divulgada no último dia 28. Por fim, a pesquisa também divulgada no dia 28 pela Real Time Big Data e encomendada pela TV Record, apontou o federal na terceira colocação, o indicador aponta para os 9%. Serpes/O Popular: TREGO GO02837/2022.
Fox Mappin/O Hoje: TREGO01212/2022
Real Time Big Data/TV Record: TREGO-08274/2022
Goiás Pesquisas/Mais Goiás: TREGO-00832/2022.