iFood acaba de ser vendido: como isso pode afetar o funcionamento do aplicativo?
Atualmente o aplicativo conta com cerca de 330 mil estabelecimentos parceiros e 200 mil entregadores
O iFood, aplicativo de compra e entrega de alimentos popular entre os brasileiros, foi totalmente vendido esta semana. A nova dona é a gigante holandesa Prosus, controladora da investidora brasileira Movile, fundada pelo baiano Fabricio Bloisi. Por meio da Movile, a holandesa comprou os 33,3% das ações remanescentes da Just Eat Holding Limited.
Agora dona de 100% da empresa, a Movile e seus acionistas preveem o pagamento de R$ 9,4 bilhões pelo acordo, sendo R$ 7,8 bilhões pela participação da Just Eat no iFood e um potencial adicional de R$1,6 bilhão.
“Em um ambiente cada vez mais competitivo, o investimento da Movile reforça que seguimos no caminho certo e que estamos fazendo a diferença como empresa brasileira de tecnologia referência em delivery online na global e em impacto no ecossistema”, afirma Fabricio.
Atualmente o aplicativo conta com cerca de 330 mil estabelecimentos parceiros (entre restaurantes e mercados), 200 mil entregadores, mais de 40 milhões de consumidores. Mensalmente, são feitos aproximadamente 70 milhões de pedidos, espalhados em 1.700 municípios brasileiros.
Além da entrega de alimentos, a empresa também investe no delivery de mercado e em fintech, com o iFood Benefícios.
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Moivo da venda e ações em queda
Segundo a Just Eat, o valor arrecadado com a venda ajudaria no pagamento de dívidas, já que as ações da empresa caíram quase 80% no ano passado e os investidores pressionaram a companhia a vender os ativos a fim de aumentar a confiança dos acionistas.
Em junho deste ano, a empresa havia demitido cerca de 80 profissionais nas áreas de marketing, gestão e recrutamento. O número foi divulgado pelo portal Layoffs Brasil, mas não foi confirmada. Ao Globo, a plataforma relatou a ocorrência de uma reestruturação de algumas áreas. “Infelizmente o processo de priorização e de revisão levou ao desligamento de algumas pessoas e à desaceleração de novas contratações”, afirmaram à época em nota.