Corregedoria rejeita investigar juiz que participava do grupo de empresários
Nas imagens divulgadas, o juiz interage com os participantes.
Corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR) decidiu que não irá abrir um procedimento disciplinar contra o juiz federal Marlos Melek por participar de um grupo de WhatsApp com mensagens incentivando um possível golpe.
“Com as informações presentes, a corregedoria não possui elemento objetivo para abrir procedimento disciplinar em relação ao magistrado” disse o orgão, em nota enviada ao Metrópoles.
As organizações jurídicas dizem que, ao participar do grupo sem noticiar o fato às autoridades, Melek “não viola apenas direitos do cidadão, mas toda a estrutura existente no Estado democrático de Direito”. E seguem: “O representado, em momento algum, promove ou alerta para o respeito à Constituição Federal, cujo compromisso dele, ainda que ali não se encontre no exercício da função, é inafastável”.
O caso foi revelado pelo portal Metrópoles. O site reproduziu mensagens de empresários que, segundo o colunista Guilherme Amado, foram feitas em um grupo com o nome de Empresários & Política, criado no ano passado. Nas imagens divulgadas, o juiz interage com os participantes. O grupo inclui nomes como Luciano Hang, dono da Havan, e José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan.