Goiás criou 85,5 mil vagas de emprego com carteira assinada
Os setores de serviços e comércio seguem sendo as áreas com maior número de oportunidades
Goiás abriu 9,1 mil vagas de emprego com carteira assinada em julho deste ano, totalizando 85,5 mil empregos até o momento, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O número é resultado de 73.090 admissões e 64.010 desligamentos, o que coloca o Estado na oitava colocação nacional em geração de emprego, com desempenho de 0,65% comparando com o cenário de junho, acima da média nacional que ficou em 0,52%.
Os setores que apresentaram maior número de oportunidades são serviços (3.701) e comércio (1.730). Na sequência, estão indústria (1.385), construção (1.171) e agropecuária (1.093). A Capital foi o município que mais gerou empregos no período, seguido de Cristalina, com 1.591 vagas, e Anápolis, com 691.
A vendedora Mariana Glória, 23 anos, foi contratada, em maio deste ano, como auxiliar de vendas em um shopping. Embora ela tenha tido pouca experiência com vendas, conta que conseguiu passar no teste e aumentar as vendas dentro da empresa. “Trabalhamos com metas que precisam ser cumpridas todos os meses, precisamos ter bastante jogo de cintura para lidar com os clientes”, revela. Agora, Mariana quer aprimorar a experiência com cursos a distância.
Ela conta que a rotina às vezes é bastante cansativa pois exige bastante dedicação e há bastante cobranças. “Além disso, eu também preciso conciliar com os estudos, mas é muito satisfatório você poder trabalhar com o que gosta e conseguir se sustentar com o próprio trabalho”, conta.
Informalidade
Já a artesã Cleonice Pereira, 55 anos, tem utilizado a informalidade para poder gerar renda e arcar com as despesas. Atualmente, ela vende lanches e roupas em uma escola e em bazares. “É uma forma de não ficar parada e sempre ter o dinheiro girando. Só não podemos ficar parados porque as contas chegam todos os dias”, diz.
Cenário favorável
No acumulado do ano, Goiás tem saldo de 85,5 mil empregos, resultado de 536,5 mil admissões e 451.064 desligamentos. “Tivemos saldo positivo em todos os meses do ano até agora, o que reforça o cenário favorável para a economia goiana”, explica o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços, Joel de Sant’Anna Braga Filho.
Entre os contratados, 58% são homens e 42%, mulheres. A maioria dos trabalhadores possui Ensino Médio completo e idade entre 18 e 24 anos. Ainda segundo os dados divulgados hoje pelo governo, o salário médio de admissão subiu para R$ 1.926,54 em julho, um acréscimo real de R$ 15,31 (acima da inflação) na comparação com junho.
Nacional
Em todo o País, foram criados 218.902 empregos formais (com carteira assinada) no mês de julho, resultado de 1.886.537 de contratações e 1.667.635 desligamentos. Todos os setores tiveram saldo positivo no mês, sendo a área de serviços a que mais abriu postos, com 81.873 novos contratos.
As 27 unidades da federação registraram criação de vagas em julho. O melhor desempenho foi registrado em São Paulo (67.009) e o menor saldo, no Espírito Santo (apenas 27 vagas criadas).
Goiânia está acima da média
A geração de empregos em Goiânia avançou em patamares acima da média nacional até junho. A capital registrou crescimento de 5,33%, enquanto a média do País foi de 3,28%. No acumulado dos últimos 12 meses, a criação de postos de trabalho em Goiânia foi de 9,07%, enquanto no Brasil foi de 6,67%.
Goiânia também é a cidade que mais gerou novos empregos no primeiro semestre deste ano, em Goiás. Foram 24.736 novos postos de trabalho preenchidos nos primeiros seis meses do ano. O setor de serviços é o que mais contratou trabalhadores na capital.
Foram 15.550 novos funcionários registrados junto aos órgãos governamentais. A construção civil vem na segunda posição, com 4.448, seguido do comércio, que somou 2.776 novos funcionários. A indústria ocupa a quarta colocação, com 1.813, e por fim a agropecuária, com 109 novos postos de trabalho.
Entre 2019 e 2020, ocupação cai 2,4%
Em 2020, o setor de serviços empregava 12,5 milhões de pessoas. O segmento dos serviços profissionais, administrativos e complementares liderava o ranking da ocupação, com 5,5 milhões de pessoas ocupadas. Em relação a 2019, o setor de serviços perdeu 2,4% do pessoal ocupado, aponta a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2020, divulgada nesta semana.
“As atividades que dependiam de atendimento presencial foram as mais afetadas pela pandemia, que aumentou a queda na ocupação iniciada a partir da crise de 2014. Com exceção de serviços profissionais, administrativos e complementares; atividades imobiliárias; e outras atividades de serviços, os outros segmentos tiveram queda na ocupação”, disse o analista da pesquisa, Marcelo Miranda.
O setor mais afetado foi o de serviços prestados principalmente às famílias com queda de 16,4%, ou menos 467,9 mil ocupações. Dentro desse segmento, a influência negativa mais intensa veio dos serviços de alimentação: -18,7% ou menos 329,2 mil pessoas ocupadas. Agências de viagens, operadores de turismo e outras atividades de turismo também caíram forte (28,4%) assim como edição integrada à impressão (21,2%).
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