Investigação conclui que jornalista palestina “provavelmente” foi morta por forças de Israel
Shireen Abu Akleh foi morta a tiros no dia 11 de maio enquanto fazia a cobertura de uma operação militar israelense na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada.
As investigações sobre o assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh, do Al Jazeera, feitas por Israel, concluíram que a Shireen foi provavelmente morta por soldados israelenses. Segundo os militares, a jornalista não era o alvo intencional dos disparos.
Shireen era uma cidadã americana-palestina e foi morta a tiros no dia 11 de maio enquanto fazia a cobertura de uma operação militar israelense na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada.
Militares israelenses afirmam que as tropas que conduziam as operações estavam sob fogo pesado de todos os lados e revidaram, disparando inclusive contra a área onde a jornalista estava, a cerca de 200 metros. Eles dizem que não conseguiram identificá-la.
Segundo um relatório feito pelo escritório de direitos humanos das Nações Unidas (ONU) divulgado em junho, Shireen estava com outros repórteres e era claramente identificável com os dizeres de imprensa em seu colete à prova de balas de cor azul. Um colega dela também foi ferido no incidente. De acordo com o documento, as informações coletadas sugerem que ela foi morta por um soldado israelense.
As Forças Armadas Israelenses (IDF) dizem, em comunicado, “há uma grande possibilidade de que a Sra. Abu Akleh tenha sido acidentalmente atingida por tiros IDF que foram disparados contra suspeitos identificados como homens armados palestinos”. O documento acrescenta que é possível “que ela tenha sido atingida por militantes palestinos”.