Jovem de 19 anos tem gêmeos de pais diferentes, em Mineiros; “Não sabia que podia acontecer”
De acordo com a mãe, o pai de um deles assumiu os dois e realizou os registros no cartório
Uma jovem de 19 anos, que se relacionou com dois homens no mesmo dia, engravidou de dois meninos gêmeos de pais diferentes. O caso raro aconteceu em Mineiros, no sudoeste de Goiás.
A situação inusitada foi acompanhada pelo médico Túlio Jorge Franco. Segundo Franco, este é 20º caso registrado no mundo de superfecundação heteroparental, nome científico da fecundação.
“Eu fiquei surpresa com os resultados. Não sabia que isso podia acontecer. Eles são muito parecidos”, comentou a jovem, que preferiu não se identificar, ao G1.
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O médico esclarece que esse imprevisto pode acontecer quando “dois óvulos da mesma mãe são fecundados por homens diferentes”. “Os bebês compartilham o material genético da mãe, mas eles crescem em placentas diferentes”, explicou.
A mulher explicou que os bebês são muito parecidos, mas que começaram a surgir dúvidas em relação à paternidade dos dois. Quando os gêmeos tinham oito meses, a mãe realizou o teste de paternidade, que deu positivo para apenas uma criança.
Ela, então, refez o teste de DNA, que, novamente, confirmou a paternidade de apenas um filho. “Eu lembrei que havia tido relação com outro homem e chamei ele para fazer o exame, que deu positivo”, relembrou ao G1.
Hoje em dia, os meninos têm um ano e quatro meses. De acordo com a mãe, o pai de um deles assumiu os dois e realizou os registros no cartório.
“Ele cuida dos dois, me ajuda muito a criar e dá todo o suporte necessário que eles precisam”, revelou.
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Gestação
Túlio contou que a jovem fez acompanhamento durante a gestação em uma faculdade de medicina, onde ele ministra aulas. “A gestação foi super tranquila, sem nenhuma intercorrência. Os meninos nasceram saudáveis e nunca tiveram problemas de saúde”, afirmou o médico.
O professor e seus alunos ainda estudam o caso mais afundo, já que se trata de uma raridade. “É extremamente raro. Acontece um em um milhão. Nunca imaginei que veria um caso desse na minha vida”, comemorou.
O médico fala, ainda, que um dos estudantes ficou encarregado de escrever um um artigo científico, que pode ser publicado em revistas nacionais e até internacionais.