Dados disponibilizados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO) , solicitados por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), apontam que somente nos oito primeiros dias de setembro, cerca de 549 incêndios urbanos foram notificados. Durante todo o mês de setembro de 2021, 401 ocorrências do tipo foram registradas. O mês de agosto bateu o recorde anual, até o momento, com 1.593 casos. O mês com menor registro foi o mês de fevereiro com 192. 

Em setembro deste ano foram registrados 549 incêndios urbanos e 234 florestais. No ano passado foram 401 urbanos contra 2261 florestais. Os incêndios urbanos são qualquer incêndio que ocorra em alguma estrutura física localizada dentro da cidade, em uma região urbana ou adjacentes, conforme destaca o capitão Alisson Oliveira.

O acréscimo foi mais de 36,9%, e para a justificativa são levados em consideração dois fatores. “Os meses de agosto, setembro e outubro são de estiagem , de temperaturas altas, período muito seco, então é normal que tenham incêndios tanto florestais como urbanos. Outro fator é a urbanização”, aponta Oliveira.

Segundo o capitão existem formas de prevenção no que se refere aos incêndios, principalmente em postos comerciais, como estar em dia com o certificado de combate ao incêndio urbano em situações de pânico e ter alvará da prefeitura. Outro ponto salientado por Oliveira é o perigo em torno das estruturas elétricas, que na maioria dos casos são verificadas apenas em caso de problemas. “O correto é verificar a adequação de eletricidade das edificações a cada dois anos”

Ele dá dicas simples para prevenção, mas que podem evitar muitos problemas. Oliveira chama a atenção também para a “mania” de deixar aparelhos eletrônicos conectados na tomada em funcionamento, como aparelhos celulares e ventiladores. “O celular colocado debaixo do travesseiro pode ter um incêndio em superfície e profundidade. Os isqueiros deixados de fácil acesso, velas, produtos químicos – como o álcool em gel – deixados próximos de crianças causam incêndios e por isso tivemos várias ocorrências causadas por problemas domésticos”.

Contudo, Oliveira  acentua que assim que a população ver qualquer foco de incêndio tem que entrar em contato imediatamente com o Corpo de Bombeiros porque quanto antes a corporação chegar no local, mais chances terá de controlar o incêndio. 

Ele ressalta ainda que a maior parte da demanda atendida é com relação a edificações mais baixas. Os passos necessários em início de incêndio são manter a calma, procurar isolar a área da melhor maneira possível – caso saiba fazê-lo – e entrar em contato com os veículos de emergência por meio do 193, 192 ou o Corpo de Bombeiros.

Incêndio em moradias

O Corpo de Bombeiros atendeu uma ocorrência no último domingo,11, em um incêndio no 24º andar de um edifício do setor Leste Universitário, região central de Goiânia. Segundo a corporação, a causa teria sido um curto circuito em uma geladeira. 

Para conter as chamas, oito viaturas foram empenhadas. Policiais militares conseguiram se deslocar primeiro e realizaram o rescaldo –  fase de localização dos focos de fogo escondidos ou brasas que poderão tornar-se novos focos – até a chegada dos bombeiros. O apartamento ainda teve foco de incêndio nesta segunda-feira, 12. O prédio permanece interditado pela Defesa Civil para evitar possíveis desabamentos nas estruturas e permanece ainda sem previsão de liberação.  

No mesmo dia uma residência também pegou fogo no setor Jardim Itapuã, em Aparecida de Goiânia. Houve deslocamento de bombeiros militares do 7º BBM de Aparecida de Goiânia, e 8º BBM de Goiânia. Ao todo foram empenhadas três viaturas e nove militares.

O incêndio estava confinado em um dos quartos da residência. Os militares realizaram a abertura das janelas, retiraram o botijão de GLP e combateram o incêndio com 2 mil litros de água. A dona da casa teve crise de ansiedade e desmaio e foi atendida no local.