Conhecer a mente dos artistas que contribuem nas mais diversas vertentes da cultura nacional se faz necessário. Isso porque, para que entendamos a construção de suas obras, sejam quais forem, conhecer os processos faz parte. A série ‘Cada Voz’ do Itaú Cultural, apresenta essa proposta por meio de entrevistas com artistas da música, cinema e literatura. Neste mês, o projeto conduzido pelo fotógrafo Marcus Leoni conta com as participações das cineastas Viviane Ferreira e Adélia Sampaio, do músico Lazzo Matumbi, e do escritor Pedro Bandeira.

Conduzidos pelo fotógrafo Marcus Leoni, os vídeos disponibilizados no site enciclopedia.itaucultural.org.br todas as quartas-feiras capturam o pensamento de artistas de diferentes vertentes da cultura, sobre seus processos de criação, visões a respeito das próprias trajetórias e pontos de vista sobre o tempo atual. O vídeo de Viviane Ferreira, primeiro a ser disponibilizado, mostra como suas memórias da infância a aproximaram do audiovisual. Também fala sobre o papel político que sua atuação desempenha e a ampliação da produção de mulheres negras no cinema brasileiro.  

Já nesta semana, dia 14, a conversa é com Adélia Sampaio, que resgata na memória a primeira vez que esteve em uma sala de cinema. Foi um filme russo, que assistiu a convite da irmã, o responsável por despertar sua paixão pela sétima arte. Trabalhando com grandes nomes do Cinema Novo e usando restos de filmes que sobravam das produções, a cineasta entrou na profissão e hoje é considerada a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem de ficção comercialmente no Brasil. 

O músico Lazzo Matumbi é o convidado do dia 21. Entre uma passagem de som em estúdio e outra, ele fala de sua trajetória na música e destaca a influência de sua mãe e do samba do recôncavo baiano em sua carreira. Ao mesmo tempo, aborda temas que permeiam sua vida, a cultura e a história brasileira, como o racismo e a negação das influências negras em nossa arte. Sua atuação artística e política sólida, o consolida como um importante nome da música e influência das novas gerações de artistas. 

Por fim, o mês encerra com o vídeo do escritor Pedro Bandeira, no dia 28, no qual diz que dedica sua trajetória como escritor para as crianças. Para ele, a literatura infanto-juvenil é um fértil terreno de imaginação e uma ferramenta para formar leitores e provocar emoções. Bandeira considera ser essa a verdadeira função da arte. Com tantas histórias fortes para serem contadas, o projeto promove o encontro do público com força da cultura brasileira e a potência de artistas nacionais que mobilizam a sociedade por meio da arte.