Percentual de famílias goianas com acesso à internet cresce
O percentual de famílias goianas com acesso à rede mundial de computadores saiu de 85% para 94%.
O percentual de famílias goianas com acesso à rede mundial de computadores saiu de 85% para 94%. Por outro lado, a média nacional saiu de 84% para 82%. É a primeira vez que o ranking de dispositivos para acessar internet no Brasil mudou significativamente desde 2016. Em 2021, havia 2,3 milhões de lares goianos com conexão à internet. No ano passado, 2,3 milhões de lares goianos tinham conexão a rede mundial de computadores.
Em 2021, o celular permaneceu na liderança com 99,5% e, em segundo lugar, pela primeira vez apareceu a televisão com 44,4%, crescendo 12,1% se comparado a 2019. O uso de microcomputadores caiu de 45,2% para 42,2%, ocupando a terceira posição, e o tablet ocupa a quarta após recuar de 12,1% para 9,9%. Os dados foram divulgados na sexta-feira (16/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram fornecidos pelo Módulo de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), investigado no 4º Trimestre pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
A pesquisa levou em consideração as comparações mais recentes (entre 2019 e 2021), uma vez que o módulo da pesquisa não foi a campo em 2020 devido à pandemia.
Segundo Flávia Vinhaes, analista da pesquisa, analisando a série desde 2016, observaram aumento expressivo do acesso por celular. “Vimos queda do computador de 57,2 para 42,2% e no uso do tablet de 17,8% para 9,9%. Já a TV saiu de 11,7% em 2016 para 44,4%. O rendimento desses domicílios foi maior entre os que utilizavam tablet, R$ 3 mil; ante R$ 2.296 dos que utilizavam microcomputador, R$ 1.985 para os que acessam via TV e o menor rendimento, R$ 1.480, é dos que acessam com telefone celular”, afirma.
O levantamento observou ainda que, de 2019 a 2021, o percentual de domicílios com conexão à internet por banda larga móvel também diminuiu, saindo de 81,2% para 79,2%, e o de banda larga fixa aumentou de 78% para 83,5%, fato inédito, conforme explica Flávia.
“Pela primeira vez na série, a banda larga fixa supera a banda larga móvel, que teve queda enquanto a fixa tem um aumento mais expressivo. O aumento do uso da banda larga fixa pode estar relacionado à pandemia, período em que as pessoas tiveram de manter o isolamento, ficando em casa, o que fez com que a banda larga móvel fosse menos utilizada. Outro motivo pode ser a expansão do acesso na Região Norte, onde o percentual dos domicílios com acesso via banda larga fixa teve incremento representativo, subindo de 54,7%, em 2019, para 70,5% em 2021”, afirma.
Entre as 183,9 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 10 anos, 84,7% utilizaram a internet no período de referência da pesquisa, em 2021, percentual maior entre estudantes. Nesse caso, 90,3% utilizam a internet, sendo 98,2% para os da rede privada e 87% para a rede pública de ensino.
Aumento de televisores em domicílios
No período analisado no levantamento, a quantidade de domicílios com televisão subiram de 68,4 milhões para 69,6 milhões, mas houve queda na proporção de domicílios com o dispositivo, saindo de 96,2% para 95,5% do total de domicílios do país. O comportamento foi observado em todas as grandes regiões, com maior redução no Nordeste (de 94,6% para 93,4%). Além disso, o rendimento real médio per capita em domicílios com televisão equivalia a quase o dobro do rendimento nos domicílios sem o equipamento.
Ainda em 2021, 96,2% de residências urbanas e 90,8% das rurais possuíam televisão. No ano, mais de 63,3 milhões de domicílios com televisão tinham conversor para sinal digital em TV aberta, equivalente a 90,9% dos domicílios com televisão no Brasil.
No período analisado pela pesquisa, a proporção cresceu na área urbana, saindo de 92,6% para 92,9%, e na rural, de 71,9% para 76,6%.
Em 2021, 27,8% dos domicílios com televisor tinham acesso a serviço de televisão por assinatura, que era de 29,2% em áreas urbanas e 17,8% em área rural.
Já em domicílios sem acesso a serviço de televisão por assinatura, 43,5% não possuíam por considerar o dispositivo caro e 45,6% por não haver interesse pelo serviço. Além disso, 8,7% dos que não tinham o serviço porque os videos acessados pela internet o substituam, enquanto os que não possuíam por não estar disponível na área que residiam representam 1,2%
Aumento de uso da internet cresce em todos os grupos etários
Em relação a idade, em grupo com 25 a 29 anos tem maior percentual de utilização com 94,5%, mas todos os grupos etários entre 14 e 49 anos têm percentuais superiores a 90%. O grupo com 60 anos ou mais é que o menos tem acesso à internet, mas o percentual foi o que mais aumentou (de 44,8% para 57,5%), e de 50 a 59 anos, o percentual também subiu de 74,4% para 83,3%.
Desde o início da série, outro fato inédito foi observado: mais pessoas utilizaram a internet para conversar por chamas de voz ou vídeo, representados por 95,7%, do que para enviar ou receber mensagem de texto, voz ou imagens por aplicativos que não sejam o e-mail (94,9%). Aqueles que utilizam para assistir a vídeos, séries e filmes são 89,1% e 62% para enviar e-mail.
Os estudantes da rede privada que utilizaram a internet para enviar ou receber e-mail foram 84,2%, e da rede pública o percentual foi de 55%. Entre os da rede pública, a principal finalidade do uso da internet foi assistir a vídeos (94,1%) e, entre os estudantes da rede privada, a finalidade foi conversar por chamadas de voz ou vídeo (97,2%).