Atividade econômica cresce e mercado reduz projeção da inflação
A alta bem menor se comparado com os dados de junho.
A atividade econômica brasileira tem apresentado um crescimento mês a mês na recuperação do mercado após os impactos da pandemia de Covid-19. Em último relatório da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta segunda-feira (19), através do monitor do PIB, a economia subiu 0,6% pontos percentuais no mês de julho. A alta foi menor se comparado com os dados de junho, quando a economia subiu 1,1%.
Se comparado com o mesmo período do ano passado, quando as medidas de isolamento ainda estavam em vigor, a economia cresceu 3,1%. Em termos monetários, a estimativa é de que o acumulado do PIB até julho de 2022 tenha alcançado, em valores correntes, R$ 5.482.820.
A indústria e o setor de serviços têm puxado o crescimento do PIB a partir da oferta. A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, aponta que os serviços têm se destacado. “Mas quando a gente olha pelo lado da demanda, o consumo está mais ainda impositivo; de fato, o consumo de serviços”, explicou.
Demanda reprimida
No entanto, ainda há uma demanda reprimida, salientou. Esses dados indicam que o desempenho da economia em julho foi explicado principalmente pelo consumo, padrão que tem sido observado ao longo do ano.
Juliana lembrou que, no segundo semestre, já se esperava o início de uma desaceleração desse consumo, mas o número de julho sinaliza que a economia ainda está sendo aquecida por essa parte de serviços.
“Não sabemos em que momento isso vai desacelerar. A gente tem a expectativa de desaceleração, por causa do patamar elevado de juros, mas o número de julho ainda não mostrou essa expectativa se concretizando”.
Segundo a economista da FGV, a expectativa é de que essa desaceleração ocorra em algum momento do segundo semestre e, mais forte ainda, em 2023. “Já neste ano, a gente pode sentir essa desaceleração. Mas, por enquanto, os números não estão mostrando isso”.
Inflação em queda
Se por um lado a economia ganha fôlego, a inflação vem sendo projetada para baixo a 12 semanas seguidas. O mercado financeiro estima que o percentual para 2022 fique em 6%. Os dados foram divulgados pelo boletim Focus. Há um mês, a previsão era de uma inflação em 6,82%.
Para os anos subsequentes, a previsão do mercado financeiro é de que o IPCA feche 2023 em 5,01%; e, em 2024 e 2025, em 3,5 % e 3%, respectivamente.
PIB e câmbio
As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB – soma de todas riquezas produzidas no país) subiram dos 2,39% previstos na semana passada para 2,65%, segundo o boletim divulgado hoje.
Há quatro semanas, o mercado financeiro projetava um PIB de 2,02%. As projeções para o PIB de 2023, 2024 e 2025 estão, respectivamente, em 0,5%; 1,7%; e 2%.
Já as projeções para o câmbio estão estáveis há oito semanas consecutivas, com o mercado prevendo que, ao final do ano, o dólar estará custando R$ 5,20 – o mesmo valor projetado para o final de 2023. Para 2024 e 2025, o boletim Focus projeta que a moeda norte-americana custará R$ 5,11 e R$ 5,15, respectivamente.
Selic
Previsões de estabilidade para a taxa básica de juros (Selic) neste e nos próximos anos. Há 13 semanas seguidas, o mercado projeta que, ao final de 2022, a Selic esteja em 13,75%.
Para 2023, as projeções da taxa estão em 11,25% há duas semanas. Há dez semanas as previsões da Selic para 2024 estão em 8%; e há 15 semanas as projeções estão estacionadas em 7,5% para 2025.
Consumo das famílias
O Monitor do PIB-FGV mostra que o consumo das famílias cresceu 0,5% em julho comparado ao mês anterior. Na comparação interanual, houve expansão de 3,6% em julho. No trimestre móvel findo em julho, a evolução foi de 4,3%.
Na comparação trimestral, a FGV esclareceu que o crescimento se deve ao desempenho do consumo de produtos não duráveis e, em especial, pelo consumo de serviços. Na mesma comparação, o consumo de duráveis tem contribuído negativamente durante todo o ano e o consumo de semiduráveis apresentou queda em julho, após quatro trimestres móveis consecutivos de crescimento.
Exportação e importação
A exportação de bens e serviços avançou 1,6% em julho, comparado ao mês anterior. Na comparação interanual, foi registrado crescimento de 4,7% em julho, com retração de 0,7% no trimestre móvel findo em julho.
As maiores contribuições para esse resultado foram as quedas na exportação de produtos agropecuários e da extrativa mineral, embora tenha havido crescimento das exportações de serviços, bens intermediários, bens de capital e de consumo, explicou Juliana.
A importação de bens e serviços apresentou crescimento de 3,4% em julho comparado a junho. Na comparação interanual, cresceu 12,3% em julho e 4,6% no trimestre móvel findo em julho. De acordo com o Monitor do PIB-FGV, a importação de bens de capital e, principalmente, de serviços, explicam o resultado positivo das importações.
Programa Expresso entre as melhores iniciativas públicas do País
O Programa Expresso foi classificado entre as seis melhores iniciativas do Poder Público no País, em um cenário com mais de 140 concorrentes, na 7ª edição do Prêmio de Excelência em Competitividade 2022. A premiação reconhece os estados que implementam políticas de destaque nacional na gestão pública de acordo com os indicadores do Ranking de Competitividade dos Estados.
O resultado é fruto do processo de expansão do programa Expresso, plataforma do Governo de Goiás lançada no ano passado, que disponibiliza aos cidadãos mais de 110 serviços em ambiente virtual. No Ranking de Competitividade dos Estados, Goiás subiu cinco posições no indicador que avalia a oferta de serviços digitais, alcançando a nona posição.
A premiação é promovida pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e neste ano recebeu inscrição de mais de 140 projetos, de todo o País. Projetos dos estados de Goiás, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Maranhão figuraram entre as seis melhores iniciativas.
Expresso
O programa Expresso foi lançado em maio de 2021 e oferece mais de 110 serviços da gestão estadual, todos disponíveis por meio virtual. O Expresso engloba diversos canais de atendimento, como o portal expresso.go.gov.br, totens de autoatendimento, aplicativo e balcões de interação presencial, em parceria com as prefeituras.