Élvis quebra o silêncio e fala, pela primeira vez, sobre saída do Goiás
O meia rescindiu com o Goiás no início do mês de julho, dois meses após ter prorrogado seu contrato até o fim de 2023
No início do mês de julho, dois meses após renovar seu vínculo até o fim de 2023, o meia Élvis surpreendeu a torcida esmeraldina e pediu sua rescisão de contrato junto ao Goiás. Desde então, a saída do antigo camisa 10 alviverde gerou muitos boatos sobre o que teria levado o jogador a tomar tal decisão.
Agora, quase três meses após deixar o Esmeraldino e ir para a Ponte Preta, Élvis quebra o silêncio. Em entrevista exclusiva ao O Hoje, o atleta confessa que pediu para deixar o Goiás por conta da morte de sua mãe, em março. Segundo ele, a partir dali, tudo o fazia lembrar dela, o que dificultava a sua recuperação emocional.
“É a primeira vez que falo sobre minha saída do Goiás. Como alguns sabem, (em março) passei pelo pior momento da minha vida, que foi a perda da minha mãe. A partir daí, fiquei mal por um bom tempo. Até hoje, tento me acostumar com a notícia. Passei por momentos de muita angústia e, como tudo aconteceu quando eu estava no Goiás, não consegui me recuperar. Tudo (no Goiás) me fazia lembrar dela e do que ela passou no final da vida. Então, recebi uma proposta do futebol árabe e pedi para ser liberado, porque eu não queria ficar em um lugar que eu gostava e respeitava a todos, mas que não estava me fazendo bem. Ressalto que sempre tive apoio de todos do clube, mas ficar por ficar em um lugar nunca foi do meu perfil. E, quem me conhece, sabe disso. Então, resolvi sair. Só tenho agradecimentos à diretoria, que atendeu meu pedido e respeitou minha rescisão (de contrato). Serei sempre grato a eles e a todos do clube”, contou Élvis.
Após rescindir com o Alviverde, Élvis conta que esteve próximo de acertar com um clube da Arábia Saudita. Porém, algumas divergências na proposta o fizeram recuar, o que abriu espaço para que Marco Antonio Eberlin, presidente da Ponte Preta, o ligasse e fizesse o convite para jogar na Ponte Preta, que acabou sendo aceito em meados do mês de julho.
“Eu ia para a Arábia (Saudita), mas começaram a chegar coisas diferentes da primeira proposta que recebi. Então, fiquei com o pé atrás. E minha querida mãe nunca quis que eu saísse do Brasil. Então, o presidente da Ponte Preta (Marco Antonio Eberlin) me ligou e insistiu bastante para que eu acertasse com eles. Mesmo assim, eu estava “meio assim” para acertar, porque eu não sabia como minha cabeça reagiria. Mas, graças a Deus e à insistência do presidente e do professor Hélio dos Anjos, que foi muito importante em todo esse processo, acertei com a Ponte Preta. Além disso, fico bem perto do meu pai e da minha família. Está dando tudo certo. Acredito que vamos realizar grandes coisas. Graças a Deus, hoje tenho um pouco de alívio e força da minha esposa, da minha família e dos meus filhos. Estou conseguindo me recuperar”, disse o meia.
Por fim, Élvis classifica sua passagem pelo Goiás, onde disputou 69 jogos e marcou 10 gols, como fantástica, faz questão de ressaltar que sua saída partiu única e exclusivamente dele e não do clube, e agradece ao Esmeraldino pelo tempo em que esteve por lá.
“Minha passagem no Goiás foi fantástica. Não tenho outra palavra. Do dia que cheguei ao dia que saí, só tenho a agradecer a todos do clube e à torcida. E, àqueles que não entenderam minha saída, que fique claro que nunca foi alguma questão do clube ou algo do tipo, mas, sim, porque eu estava passando pelo pior momento da minha vida. Saí de lá como cheguei. Com a cabeça erguida, sabendo que eu só poderia ficar lá pra dar o meu melhor sempre, e não ficar agarrado no contrato que tinha até o final do ano que vem. Mas, pelo meu perfil e pela forma que fui educado, nunca fui de fazer isso com nenhum clube. Então, só tenho a agradecer ao Goiás e, também, à Ponte Preta, que me abriu as portas. Que tenhamos muito sucesso na nossa caminhada”, finalizou Élvis.